sexta-feira, abril 25, 2008

Fiscais do trabalho interditam prédio da Receita Federal em Porto Velho

Porto Velho/RO - Mesmo com a total adesão dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado de Rondônia à greve nacional, onde todos os Auditores estão paralisados, inclusive os chefes que entregaram seus cargos em 9 de abril ao Superintendente Regional, a missão de zelar pela integridade dos trabalhadores é contínua. Desta vez foram os colegas da Delegacia da Receita Federal de Rondônia, na cidade de Porto Velho, que contaram com o imediato apoio da Fiscalização do Trabalho. Mantendo 30% dos Auditores Fiscais do Trabalho em regime de plantão para atender denúncias urgentes, que envolvam grave e iminente risco à saúde e integridade física dos trabalhadores, Fiscais do Trabalho de Porto Velho compareceram na tarde desta terça-feira, dia 15 de abril, na sede da Delegacia da Receita Federal na capital. A denúncia foi efetuada por trabalhadores do órgão, assustados com a falta de condições de segurança e higiene no local. A situação encontrada pelos colegas Auditores era grave e inacreditável. Todo piso superior do prédio, que apesar da falta de condições de higiene e segurança, estava sendo utilizado normalmente para o trabalho teve de ser interditado. O imóvel antigo e sem manutenção adequada está atualmente passando por pequenas reformas internas. As fortes chuvas dos últimos dias causaram uma fissura na laje superior do imóvel de onde escorreu uma grande quantidade de águas fétidas, acompanhadas por grande quantidade de fezes de pombos. Os odores eram insuportáveis no local. Os trabalhadores foram imediatamente retirados e os Auditores que vistoriaram e interditaram o piso, tiveram de utilizar máscara contra gases tóxicos para realizar os trabalhos. Além dos riscos à saúde dos servidores, as águas que escorreram pela fissura do telhado causaram estragos em móveis e equipamentos eletrônicos, com grave risco de incêndio em função de curtos-circuitos causados pelas águas em contato com as instalações elétricas. A situação de maior risco era dos trabalhadores da empresa contratada para fazer reparos no imóvel e que faziam a limpeza dos detritos, sem, no entanto, utilizarem qualquer equipamento de proteção, nem ao menos luvas.Todo quadro de falta de condições era agravado pela falta de água no imóvel. Os banheiros estavam com os vasos sanitários lotados de fezes e urina, pois o imóvel estava sem água já há algumas horas. Para entender a gravidade da situação, é bom lembrar que pombos são grandes transmissores de doenças, entre elas, dermatites agudas e infecções respiratórias que podem levar à morte. Tudo isso é transmitido pela simples inalação de poeira contendo fezes de pombos.





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