sexta-feira, setembro 03, 2010

ISSO É UMA VERGONHA

quinta-feira, setembro 02, 2010

Clausura aumenta riscos à saúde de mineiros no Chile

Chile - O impacto psicológico, neste momento, tende a ser o menor dos riscos à saúde dos 33 mineiros presos em um abrigo de 50 metros quadrados, a quase 700 metros de profundidade, em uma mina ao norte do Chile. O acidente aconteceu em 5 de agosto na pequena mina de ouro e cobre de San José, em pleno deserto do Atacama, a cerca de 800 quilômetros ao norte de Santiago.Longe das condições ideais de umidade, luz solar, ventilação e higiene, o risco de contaminação por vírus, bactérias e fungos no grupo de chilenos torna-se cada dia mais elevada.Pneumonia, viroses respiratórias, tuberculose, infecção orgânica generalizada e diarreia encabeçam a lista das doenças mais prevalentes, afirma Gilberto Archero Amaral, presidente do Departamento de Medicina do Trabalho da Associação Paulista. "Nessas condições, a proliferação e riscos de contaminação entre pessoas isoladas em um ambiente onde não há circulação de ar, tampouco condições mínimas de higiene, é muito elevada."Para caracterizar um quadro de desnutrição aguda, são necessários apenas quatro dias de desidratação intensa, calor e falta de alimentação, disse Amaral. Atum e água a cada 48 horas foi a combinação precária que sustentou os 33 homens até conseguirem estabelecer comunicação com as equipes de resgate do país, após 17 dias presos na jazida.O especialista explica que a necessidade imediata é enviar compostos alimentícios ricos em proteínas e carboidratos para sustentar o organismo, além de medicamentos que possam, de alguma forma, proteger ou recuperar o estômago. Nessas situações de estresse elevado, o órgão é o alvo mais freqüente. Todo o processo de isolamento até o resgate pode desencadear úlceras ou gastrites.Abrão Cury, clínico-geral do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), explica que a alimentação líquida não tem contraindicação e pode ser utilizada por tempo indeterminado. A intolerância a esse tipo de composto, porém, não raramente provoca diarreia."Nesse espaço muito reduzido, se um dos homens tiver qualquer problema digestivo, gástrico, o risco de contaminação nos demais é grande. Quatro meses é muito tempo para viver nessas condições. É preciso que haja um suporte médico e nutricional extremamente bem feito."A dieta desse grupo, acredita o especialista, deve ter como base uma ingestão de 1,8 mil a 2 mil calorias por dia. Sem noção e referência de tempo, é preciso que esses homens recebam instruções de como usar os medicamentos e os alimentos de forma correta. "Se for possível, seria ótimo que eles recebessem frutas e legumes para reforçar o complexo vitamínico."Atualmente, o único canal de comunicação com os trabalhadores é um duto de cerca de 15 centímetros de diâmetro. É nesse espaço que os suprimentos estão sendo enviados.Na lista de nomes dos mineiros, divulgada à imprensa na terça-feira, o governo relatou que um dos mineiros é diabético e hipertenso. Os médicos afirmam a importância de redobrar os cuidados com esse profissional."Ele precisará receber medicação e material para fazer o controle da doença. A dieta, pobre em carboidratos, será voltada para os cuidados com o diabético, mas isso é relativamente fácil. Será preciso que enviem frascos preparados exclusivamente para ele."Apesar dos esforços do governo chileno em manter as mínimas condições de vida desse grupo, o tempo estimado de resgate em 120 dias faz com que o riscos de morte não sejam descartados.Caso ocorra uma fatalidade e um dos homens do grupo morra, os médicos alertam que é extremamente necessário enterrar o corpo. "Carne em putrefação está para o ambiente assim como a água contaminada com coliformes fecais. Vírus e bactérias se manifestam rapidamente e elevam as chances de infecções nos demais", afirma Amaral.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Falta de higiene dos médicos contamina hospitais
Fonte: Correio Braziliense
Um levantamento feito este ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em cinco hospitais de grande porte do país constatou que 60% dos profissionais de saúde não higienizam as mãos antes e depois de terem contato com os pacientes. A situação é tão grave que a Anvisa vai exigir que hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde disponibilizem produtos de higiene (álcool) para médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros. O produto poderá ser oferecido em forma de gel, líquido ou espuma, mas seu fornecimento será obrigatório. Os estabelecimentos de saúde terão até 180 dias para se adequarem. "Vamos consolidar as sugestões que recebemos de todo o país. Depois de publicada a norma, ela passará a ser obrigatória", explica Janaína Sallas, chefe da Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções da Anvisa. Segundo Sallas, o procedimento é uma medida básica que evita a disseminação da infecção hospitalar.
A especialista destaca que, muitas vezes, a baixa adesão dos profissionais ao hábito de lavar as mãos está relacionada com a grande carga de trabalho. "A Anvisa não está pedindo que a água e o sabão sejam substituídos. Uma lavagem de mãos com sabonete dura, em média, um minuto e meio. Com o álcool, o tempo passa para 15 segundos", informa. A proposta é que o produto seja posto nos pontos de assistência e tratamento, salas de triagem e de pronto atendimento, e unidades de urgência e emergência. O álcool deve estar em ambulatórios, clínicas e consultórios, serviços de atendimento móvel e nos locais em que são realizados procedimentos invasivos.Os dispensadores deverão ficar em lugar visível e de fácil acesso, à beira do leito do paciente, de forma que os profissionais de saúde não precisem deixar o local para fazer a higienização. "A proposta é para que todos tenham acesso ao produto nos cinco momentos preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): antes e depois do contato com o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após exposição a sangue e outros fluidos corporais e após contato com ambiente próximo ao doente", orienta Janaína.
Mas mesmo com todo o esforço, a norma pode, ainda assim, passar despercebida. Uma pesquisa de 2009, feita em um hospital público de Ipatinga (MG), pela enfermeira Fernanda Mendes Santos, do Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste), comprovou que apesar da disponibilidade dos produtos para a lavagem e da existência de cartazes explicando como lavar as mãos corretamente, os profissionais não adotaram o procedimento e passaram por lavatórios como se eles não existissem. "Fernanda sentou-se ao lado de uma pia e observou que o uso de água e sabão era mínimo. E não são só os médicos, outros trabalhadores também não têm o hábito de lavar as mãos. É um gesto indispensável, de eficácia documentada em estudos bem antigos. Num ambiente hospitalar, há bactérias multirresistentes, que podem ser transportadas de um doente para o outro", comenta a orientadora da pesquisa, Virgínia Maria da Silva Gonçalves, professora de enfermagem e doenças transmissíveis do Unileste.

terça-feira, agosto 31, 2010

Especialistas divergem sobre eficácia de leis antifumo
Data: 30/08/2010 / Fonte: Agência Brasil
Em alguns estados do país existem leis que proíbem as pessoas de fumar em lugares fechados de uso coletivo, além de eliminar os fumódromos (áreas reservadas aos fumantes). A finalidade é apertar o cerco aos adeptos do tabaco. Para especialistas e organizações da sociedade civil, as leis têm contribuído para preservar a saúde das pessoas que não fumam, os chamados fumantes passivos. Para a advogada Adriana Carvalho, da organização Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), diferentemente do que muitos imaginavam, as leis antifumo têm sido cumpridas pela população e pelos donos de bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos fechados. "É uma mudança de paradigma. As pessoas apoiam", afirmou.Segundo a advogada, dados do governo de São Paulo mostram adesão de 99,78% dos estabelecimentos à lei antitabagismo, que completou um ano este mês. Ela destacou ainda pesquisa do Instituto do Coração (InCor) paulista que apontou queda de 70% na concentração de monóxido de carbono em bares, casas noturnas e restaurantes depois da vigência da lei. Adriana Carvalho defende que a proibição estimula o abandono do hábito de fumar. De acordo com ela, aumentou em 40% a procura por tratamentos para parar de fumar após a lei, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.Porém, o coordenador científico do grupo de estudos sobre álcool e drogas da Universidade de São Paulo (USP), Arthur Guerra, discorda. Na opinião dele, a lei não tem o poder de reduzir o número de fumantes ou evitar o contato com o fumo, principalmente entre os jovens na faixa etária de 13 a 15 anos de idade. "Quem quer fumar vai dar um jeito", justifica o psiquiatra.Além de São Paulo, o Paraná, Rio de Janeiro, Amapá, Rondônia, Roraima e a Paraíba têm lei antifumo, segundo levantamento da ACT. A única norma de caráter nacional, a Lei 9.294 de 1996, veda o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero em recinto coletivo, privado, mas permite uma área exclusiva aos fumantes (fumódromo) desde que isolada e com ventilação conveniente.A diferença de teor entre a norma federal e as estaduais tem provocado questionamentos na Justiça sobre a legalidade constitucional das leis antifumos. No Supremo Tribunal Federal (STF), tramitam ações contra as leis do Paraná, Rio de Janeiro e de São Paulo.Em março deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou projeto de lei que acaba com os fumódromos. A proposta tramita agora na Comissão de Assuntos Sociais da Casa.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Falta de sono prejudica o trabalho de 48% dos brasileiros
Fonte: R7
Acordar pela manhã e ter a sensação de não ter dormido o suficiente é mais comum do que se imagina. Uma pesquisa realizada com brasileiros de todas as regiões, idades e classes sociais mostrou que, a cada noite, um terço da população não descansa todas as horas que julga ser necessário. Além disso, os brasileiros têm reclamado que essas noites mal-dormidas afetam sua saúde mental, física e até o desempenho no trabalho.Realizada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Philips do Brasil, a pesquisa entrevistou 875 pessoas em todo o país. O resultado mostrou que a privação de sono tende a diminuir com a idade e atinge mais as mulheres do que os homens. Segundo a pesquisa, as mulheres são mais preocupadas com a vida, não conseguem dormir bem em geral e os filhos as deixam acordadas durante a noite.Um total de 53% dos entrevistados disse ainda que esse problema atinge sua saúde mental e física, e 48% alegou que prejudica seu desempenho no emprego. Na comparação entre as regiões do Brasil e classes sociais, a população do Nordeste e a da classe C são as que registram as melhores noites de sono.Dormir tarde e acordar cedo é a razão mais apontada, segundo a pesquisa, para as noites mal-dormidas. Em segundo lugar, os entrevistados indicaram as preocupações e o estresse do dia a dia.Estresse Cerca de 36% dos brasileiros entrevistados relataram algum nível de estresse, sendo que as mais afetadas são as pessoas entre 16 e 34 anos. Entre as principais causas apontadas estão a perda de emprego e outras questões financeiras.Com relação aos estresse nos outros países, a pesquisa mostrou que os brasileiros, junto com espanhois, são os menos estressados, com 36% e 35%, respectivamente. Já nos outros países pesquisados esse índice foi maior, sendo 56% na França, 62% na Holanda, 69% na China, 79% nos EUA e 81% da Bélgica.Satisfação com a saúde A pesquisa mostrou que, em geral, a população brasileira está satisfeita com a sua saúde, já que 71% dos entrevistados têm uma boa percepção de seu bem-estar. Essa avaliação é maior que a de países como França (68%), Bélgica (70%) e China (34%), e menor que a dos Estados Unidos (74%).Neste ponto, o índice contrasta com uma recente pesquisa realizada pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em que relatou insastisfação dos brasileiros na área da saúde, sendo a espera pela consulta médica a principal das queixas.



SEGURANÇA DO TRABALHO SALVA VIDAS
PREVENCIONISTAS EM AÇÃO

Nos Técnicos de Segurança do Trabalho estamos passando por um período de sérios problemas a categoria não reivindica nada vamos ficando cada vez mais a margem do processo ao invés de esta inserido.
O pessoal da área prevencionista tem que se unir temos que nos organizar para poder reivindicar precisamos montar um conselho federal como CREA ,COREN,CRM ,ETC.
Temos que cobrar os sindicatos para poder sermos reconhecidos como profissionais especialistas em prevenção.
Nos não somos respeitados nem pelo órgão públicos antes o Técnicos de Segurança do Trabalho se formava e recebia uma carteirinha com nome numero de registro no MTE (Ministério do Trabalho Emprego) agora ao invés de melhorar piorou agora é um carimbo na carteira de trabalho, todo profissional de nível técnico respeitado tem uma carteira com nome, RG, CPF, foto etc.
Nos técnicos temos um carimbo na carteira de trabalho.
O pior que não vi nenhuma entidade da classe dizer nada isso é uma vergonha.
O Técnicos de Segurança do Trabalho deveria ter um conselho federal com uma carteira profissional decente com número de registro , parecido com CREA do engenheiro.
Com um conselho Federal serio poderíamos ter um acervo técnico dizendo quantos PPRA’s foram elaborados ,quantas cipas,quantos mapas de risco,
Assim por diante para técnico de segurança poder comprovar experiência.
Mais para isto acontecer tem que unir todos os Técnicos de Segurança do Trabalho em prol da categoria sem vaidades ou preconceito.

sábado, agosto 28, 2010

Incêndio atinge fábrica de tintas na Grande SP
trabalhavam, por volta das 16h30 desta quinta-feira, 26, para apagar o incêndio que destruiu uma fábrica de tintas em Jandira, na Grande São Paulo. Cerca de 50 homens do Corpo de Bombeiros de São Paulo e Barueri estavam no local na tentativa de extinguir as chamas, que começaram perto das 15h.Em entrevista à Globo News, o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, disse que o trabalho será demorado porque há uma grande quantidade de material inflamável no local. A fábrica fica na Via de Acesso João de Góes. Ninguém ficou ferido.A indústria fica próxima da Rodovia Castello Branco. Por causa do incêndio, o trevo de acesso a Jandira foi fechado. De acordo com a concessionária que administra a estrada, havia lentidão por volta das 15h30 perto do km 32, no sentido capital paulista, possivelmente provocada pela curiosidade dos motoristas. O trânsito na rodovia já estava normalizado às 16h30.



ESTE BLOG NÃO TEM INTENÇÃO DE SER UM BLOG QUE FALA DE POLITICA MAIS TEMOS O DEER DE INFORMAR .

Se consumado, o que nos espera em 2010. O dossiê Dilma Rousseff

05 de abril de 2009
Do Obeservatório de InteligênciaPara que fique registrado e seja fonte de informação sobre quem é, de fato, a suposta candidata à Presidência da República nas eleições de 2010.
História: Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto Antonio Spinoza, ex-colega da ministra (Casa Civil), diz que o grupo armado que dirigiram teve como alvo o titular da Fazenda em 1969.
A ação chegou a ter data e local definidos. Um mapa da emboscada consta de processo no STM. Dilma, hoje aliada de Delfim, negou de forma “peremptória”. “Ele fantasiou. Não me lembro disso.” (págs. 1 e A8)
MEMÓRIA DA DITADURA
Grupo de Dilma planejava sequestrar DelfimEx-integrante da cúpula da organização terrorista dá detalhes do plano, do qual a ministra declara jamais ter tido conhecimento
Delfim confirma localização de sítio mostrado em um mapa, apreendido durante a ditadura, que indicava onde o sequestro seria realizado

FERNANDA ODILLADA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Luiza, 22, abandonou a faculdade de economia e agora sabe montar e desmontar um fuzil de olhos fechados. Na clandestinidade, seu grupo planeja uma das ações ousadas da luta armada em 1969 contra a ditadura militar: o sequestro de Delfim Netto, símbolo do milagre econômico e civil mais poderoso do governo federal.Quarenta anos depois, o antigo alvo é agora aliado de Luiza, aliás Dilma Rousseff, na empreitada que tenta fazer da ex-guerrilheira, também conhecida à época como Estella, Wanda, Marina e Patrícia, a sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.O ambicioso sequestro era uma espécie de "lenda urbana" entre poucos militantes de esquerda nos anos 70. Sem mencionar o nome de Dilma, foi citado de passagem no livro "Os arbonários" (1981), do hoje vereador carioca Alfredo Sirkis (PV), e esquecido. Na página 180, há uma citação ao possível sequestro do ministro: "Preparavam, na época, o sequestro do ministro Delfim Netto". A Folha obteve documentos inéditos e o primeiro testemunho de um dos idealizadores do plano.
Antonio Roberto Espinosa, 63, doutorando em Relações Internacionais na USP, contou à reportagem segredos que diz não ter revelado sob tortura. Ex-comandante da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), assumiu que coordenou o plano.Mais: afirmou que os quatro outros integrantes da cúpula da VAR-Palmares concordaram com o sequestro do então ministro da Fazenda, que sustentava a popularidade dos generais com um crescimento econômico de 9,5% em 1969."O grupo foi informado. Os cinco [ele, Dilma e os outros três dirigentes da VAR] sabiam", disse Espinosa, no primeiro relato que aponta o envolvimento de Dilma, negado, porém, "peremptoriamente" pela ministra à Folha.Em um dos processos que condenou militantes da VAR, consultados no Superior Tribunal Militar, há um mapa da emboscada e outro que sugere o local do cativeiro do sequestro planejado. A ação tinha data e local definidos. Seria num final de semana de dezembro, durante uma das visitas do ministro a um sítio no interior de São Paulo.A "juba", o cofre, o FuscaEm 1969, a hoje ministra experimentava a vida clandestina com audácia. No Rio de Janeiro, ela e a amiga Iara Iavelberg, namorada do líder guerrilheiro Carlos Lamarca, foram cortar o cabelo no salão Jambert, que servia champanhe aos clientes. Iara, de acordo com o livro "Iara - Reportagem Biográfica", de Judith Patarra (editora Rosa dos Tempos), quis arrumar a "juba fora de moda" da companheira -para valorizar o rosto e os olhos dela- e sugeriu também roupas novas.A extravagância foi bancada depois da ação que deu fama à VAR-Palmares: o assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, guardado na casa da amante dele, com cerca de US$ 2,4 milhões. Dilma não participou diretamente do crime.Mas, de acordo com depoimentos e relatórios policiais, ela administrou parte do dinheiro roubado para bancar salários de militantes, achar abrigo para eles e comprar um Fusca cinza. Como não sabia dirigir, ela escalava uma colega da VAR como motorista.Do carro, Dilma se lembra. Do dinheiro, não. "Não me lembro que eu era do dinheiro. Se fosse, eles tinham me matado a pau. Tudo o que eles queriam era o dinheiro", afirma.Dilma-Luiza havia chegado ao comando da organização após um racha que, logo depois do roubo do cofre, levara à saída de Lamarca, Iara e um expressivo grupo de militantes em um tumultuado congresso em Teresópolis (RJ).A ministra ficou na VAR, trocou o Rio por São Paulo e assumiu a missão de evitar debandada ainda maior.A VAR priorizava o recrutamento de estudantes e de operários, sem abandonar os planos de ações armadas esporádicas. De forma colegiada, de acordo com Espinosa, a cúpula decidiu sequestrar Delfim e montar uma fábrica de explosivos acionados por controle remoto em uma fazenda na serra da Mantiqueira (entre São Paulo e Minas Gerais).Além de Dilma, assumiram o comando do grupo Espinosa (Hélio), Carlos Araújo (codinome Max, o segundo marido da ministra) e os hoje mortos Carlos Alberto Soares de Freitas (Breno) e Mariano Joaquim da Silva (Loyola).Ouvido pela Folha, Araújo afirmou que não se recorda do plano nem de nenhuma ação armada depois do racha. Ressaltou, no entanto, que não é "boa fonte", pois perdeu parte da memória do período depois de ter sido torturado.Ao longo de uma hora de conversa com a Folha, Dilma disse algumas vezes não se lembrar da ideia de capturar o ministro e duvidar "que alguém lembre".Ao saber do testemunho dado por Espinosa, ela declarou que o ex-colega "fantasiou". No final da entrevista, pediu que registrasse a sua "negativa peremptória".
O sítio, o plano, a quedaClassificado como "alvo fácil" por militantes e militares, Delfim era também um alvo antigo. Antes da fusão entre Colina (Comando de Libertação Nacional) e VPR, que resultou na VAR-Palmares, Juarez Guimarães de Brito, militante da Colina e mentor do roubo ao cofre de Adhemar, havia utilizado o emprego no Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) para levantar os passos do pai do milagre econômico.O sequestro nunca foi executado porque os principais envolvidos na ação começaram a ser presos semanas antes.Coordenador do plano, Espinosa foi capturado em 21 de novembro de 1969, no Rio. "Ainda levaria 15 ou 20 dias. Aconteceria por volta de dezembro. O comando nacional sabia, não houve nenhum veto. Mas não detalhou o plano do ponto de vista político. Havia uma preparação militar que não estava concluída", disse ele.Caberia aos outros integrantes do comando nacional decidir os procedimentos políticos, como o conteúdo do manifesto e as exigências para libertar o refém. A repressão, contudo, foi mais rápida.O mapa com a indicação do local onde a organização planejava agir foi apreendido em um "aparelho" em Lins de Vasconcelos, no Rio. Dividiam a casa de dois andares o casal Espinosa e Maria Auxiliadora Lara Barcelos, além do estudante de medicina Chael Schreier, que foi preso vivo e chegou morto ao Hospital Central do Exército. Com o trio, foi encontrado um arsenal de armas, munições e explosivos, além de levantamentos de áreas onde o grupo tencionava agir.Espinosa disse à Folha que os mapas apreendidos só podiam ser os dele. "Tínhamos o endereço, sabíamos tudo. Era um local em que ele [Delfim] ia sem segurança porque imaginava que ninguém soubesse."A Folha encaminhou cópia do mapa a Delfim, que confirmou ter frequentado um sítio na região indicada em vermelho de forma simplificada na folha de papel já amarelada. Trata-se do Sítio Gramadão (cujo nome aparece no mapa), de propriedade do cunhado e melhor amigo, Mario Nicoli, próximo a Itu e Jundiaí, no interior paulista.Delfim contou à Folha que recebeu recomendações para redobrar o cuidado diante da onda de atentados promovida pela esquerda contra o regime. Mas disse não saber do plano da VAR e que nunca deixou de andar com pouca, ou nenhuma, segurança. Ex-guerrilheira é elogiada por militares e vista como "cérebro" do grupo DA SUCURSAL DE BRASÍLIAGritos de "mata", "tira a roupa" e "terrorista filha da puta" receberam Luiza-Dilma no primeiro dia de prisão no pátio do prédio da rua Tutoia, no Paraíso, zona sul de São Paulo. No local funcionava a Oban, sigla da Operação Bandeirante, estrutura que integrava as polícias civis e os serviços de inteligência das Forças Armadas.As sessões de palmatórias, choques, chutes e socos até hoje são tratadas com reticências pela ex-guerrilheira. "Você não sabe o que é a quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha." Segundo o Tortura Nunca Mais, ela ficou 22 dias no local. Para Dilma, "foi muito tempo" a ponto de não entender por que todo mundo ia embora, menos ela."A Oban era pau, puramente interrogatório. O preso ficava lá até considerarem que não havia mais como conseguir informações", recorda o hoje economista José Olavo Leite Ribeiro.A ministra foi uma guerrilheira que até hoje impressiona os militares. Colecionou epítetos superlativos nos relatórios da repressão, que a definiram como "um dos cérebros" de esquemas revolucionários."Era a grande dirigente da VAR-Palmares. Era realmente boa guerrilheira. A gente tem que respeitar ambos os lados", disse à Folha Maurício Lopes Lima, integrante de uma equipe de busca da Oban, na época capitão do Exército e agora militar da reserva de 73 anos.Foi a primeira vez que aceitou falar de Dilma. Ele nega tê-la torturado, mas não diz o mesmo dos colegas. "A história dela era furada demais."Com a militante a tiracolo, ele visitou diferentes pontos de São Paulo em busca de informações. "Ela se preparou mais para jogar conosco. É gato e rato. Ela tenta fugir, a gente tenta encontrar", explicou ele.À Justiça Militar Dilma citou Lima como um dos torturadores. Disse ter recebido visita no presídio Tiradentes, onde ficou por três anos, da equipe chefiada pelo capitão, que a ameaçou com novas agressões uma semana antes desse depoimento, em 21 de outubro de 1970. À Folha, porém, ela afirmou que o militar jamais a torturou, mas não o eximiu de responsabilidade. "Ele entrava na sala e via tortura, tenho certeza."
DepoimentoEm 26 de fevereiro, 40 dias depois de presa, Dilma havia assinado depoimento à Polícia Civil com detalhes de sua trajetória e nomes de colegas das organizações em que militou.Diante da Justiça Militar, ela reconheceu sua assinatura, mas repeliu todas as declarações -segundo ela, obtidas sob tortura. A Folha obteve a íntegra dos dois depoimentos, assim como dos relatórios dos órgãos da repressão que mencionam Dilma, hoje arquivados no Superior Tribunal Militar.Em 20 de janeiro de 1969, sem saber que ela estava presa, o operário Natael Custódio foi a um encontro marcado com Luiza-Dilma. Foi capturado. "Ela foi muito torturada e levou a polícia. Não teve jeito", diz o agora caminhoneiro que vive em Londrina (PR).Custódio, 65, não se diz atormentado com o passado. Lamenta, sim, o fato de a ministra nunca ter respondido a carta que ele enviou. "Depois que chegam lá em cima, fica difícil. Mas gosto demais dela." O caminhoneiro há cinco anos escreveu pedindo ajuda para ser anistiado. Ainda não desistiu de receber a indenização.Quando ficou presa no prédio da Oban, Dilma indicou endereços e acompanhou policiais a ao menos uma casa de militantes. Segundo ela, indicavam-se "pontos [local de encontro] para parar de apanhar". Custódio, contudo, não é um dos quatro nomes de companheiros presos logo depois da captura da guerrilheira. No depoimento da auditoria militar, Dilma citava que "em consequência direta de sua queda caíram Maria Joana [Teles Cubas], João Ruaro, Savério [Carlos Savério Ferrante] e Vicente [José Vicente Corrêa]".Dilma confirmou à Folha ter dito que os quatro colegas caíram porque ela havia sido presa. "É. Caíram, ponto." A reportagem localizou Ferrante, que não quis falar sobre a prisão.Para o delegado Newton Fernandes, que investigou a VAR em São Paulo e traçou o perfil de 30 dos 70 integrantes, Dilma era muito mais do que a responsável pela distribuição do dinheiro. "Através de seu interrogatório, verifica-se ser uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais", diz no relatório, cujo conteúdo nem a ministra conhecia.O promotor que denunciou a VAR disse que Dilma "chefiou greves e assessorou assaltos a bancos" e a definiu como "Joana d"Arc da subversão". A comparação hoje provoca gargalhadas da ministra. (FO)

Aos 19, 20 anos, achava que eu estava salvando o mundo Dilma diz não ter a mesma cabeça da época em que era guerrilheira, mas se orgulha de não ter mudado de lado, e sim de métodos

FERNANDA ODILLADA SUCURSAL DE BRASÍLIA
UMA DAS três sentenças de prisão de Dilma Rousseff, de 1971, a descreve como a inimiga que "jamais esmoreceu" desde que ingressou na luta armada contra o regime instalado pelo golpe de 31 de março de 1964 e dissolvido 21 anos depois. Leia a entrevista da ministra sobre a vida na clandestinidade durante a ditadura.
FOLHA - A sra. se lembra dos planos para sequestrar Delfim e montar fábrica de explosivos?DILMA ROUSSEFF - Ah, pelo amor de Deus. Nenhuma das duas eu lembro. Nunca ninguém do Exército, da Marinha e da Aeronáutica me perguntou isso. Não sabia disso. Acho que não era o que a gente [queria], não era essa a posição da VAR.
FOLHA - A sra. logo percebeu que a clandestinidade seria o caminho natural?
DILMA - Percebi. Todo mundo achava que podia haver no Brasil algo muito terrível. O receio de que um dia eles amanheceriam e começariam a matar era muito forte. Sou bem velha, comecei em 1964. Com o passar do tempo, o Brasil foi se fechando, as coisas foram ficando cada vez mais qualificadas como subversivas. Era subversivo até uma música, uma peça de teatro, qualquer manifestação de rua. Discutir reforma universitária era subversivíssimo. Coisas absolutamente triviais hoje eram muito subversivas.
FOLHA - Foi escolha da sra. o trabalho no setor de mobilização urbana?
DILMA - Qual era a outra alternativa?
FOLHA - Havia a expropriação.
DILMA - Disso eu nunca quis ser. Nós não achávamos isso grande coisa. A partir de um determinado momento houve uma visão crítica disso, do que a gente chamava militarismo. É muito difícil falar isso porque as pessoas ficam achando que a gente está limpando a barra. Não me interessa ficar falando nisso, é da época e deu. Eu sei que havia uma tensão eterna. Nunca concordávamos uns com os outros porque pensávamos diferente. Bota todo mundo junto, você imagina. Não posso dizer o que aconteceu dentro da direção.
FOLHA - No Rio, a sra. acompanhou a fusão e acompanhou o racha [da VAR] em Teresópolis.
DILMA - Na minha cabeça, eu só lembro que a gente conversava e discutia muito, debatia. Tinha uma infraestrutura complexa porque a gente não saía de lá, não podia aparecer. Bom não era. Mas, naquela época, você achava que estava fazendo tudo pelo bem da humanidade. Nunca se esqueça que a gente achava que estava salvando o mundo de um jeito que só acha aos 19, 20 anos. Sem nenhum ceticismo, com uma grande generosidade. Tudo fica mais fácil. Tudo fica mais justificado, todas as dificuldades. Você não ter roupa não tem problema. Às vezes, andava com uma calça xadrez e uma blusa xadrez.
FOLHA - A sra. faz algum mea-culpa pela opção pela guerrilha?
DILMA - Não. Por quê? Isso não é ato de confissão, não é religioso. Eu mudei. Não tenho a mesma cabeça que tinha. Seria estranho que tivesse a mesma cabeça. Seria até caso patológico. As pessoas mudam na vida, todos nós. Não mudei de lado não, isso é um orgulho. Mudei de métodos, de visão. Inclusive, por causa daquilo, eu entendi muito mais coisas.
FOLHA - Como o quê?
DILMA - O valor da democracia, por exemplo. Por causa daquilo, eu entendi os processos absolutamente perversos. A tortura é um ato perverso. Tem um componente da tortura que é o que fizeram com aqueles meninos, os arrependidos, que iam para a televisão. Além da tortura, você tira a honra da pessoa. Acho que fizeram muito isso no Brasil. Por isso, minha filha, esse seu jornal não pode chamar a ditadura de ditabranda, viu? Não pode, não. Você não sabe o que é a quantidade de secreção que sai de um ser humano quando ele apanha e é torturado. Porque essa quantidade de líquidos que nós temos, o sangue, a urina e as fezes aparecem na sua forma mais humana. Não dá para chamar isso de ditabranda, não.
FOLHA - Quando a sra. foi presa, foram apreendidos documentos falsos, desenho da VAR e um bilhete de amor com as iniciais TG. Era do Cláudio Galeno Linhares?
DILMA - Não, era do Carlos Araújo. Era apelido dele. Se você quiser me mandar, eu agradeço. Onde que está isso, hein?
FOLHA - No inquérito arquivado no STM. O bilhete está assim: "Nêga querida, infelizmente não poderei estar aí [no Natal]. Verás na prática, prometo-te...
"DILMA - Essa quantidade de te, você acha que é de mineiro, pô? Isso é de gaúcho. Tudo no te... Não falei do Carlos no depoimento. Eles acreditavam que era o Galeno. Carlos era da direção, eu não podia abrir a boca. Depois eles descobriram.
FOLHA - Como foi, durante os dias de Oban, para conseguir proteger a direção? Pelo que vi, alguns nomes não foi possível proteger como Maria Joana Telles, Ruaro, Vicente...
DILMA - Eles sabiam deles porque tinha caído outra pessoa que era da direção. Foi por isso que caí. Eu caí porque caiu outra pessoa.
FOLHA - Era com quem a sra. teria um encontro. O José Olavo?
DILMA - Essas coisas eu não quero falar, minha filha. Não quero dar responsabilidade para ninguém. Estou muito velha para fazer isso.
FOLHA - No depoimento da Justiça, a sra. cita os quatro como tendo caído em consequência direta de sua queda. A sra. dá os quatro nomes?
DILMA - É. Caíram, ponto.
FOLHA - Eu conversei com o hoje coronel, antigo capitão Maurício...
DILMA - Ele existe ainda? Ele já não batia bem da bola. Ele continua sem bater?
FOLHA - Eu perguntei se ele votaria na sra. para presidente. Primeiro, disse não. Depois, pediu para retificar dizendo que "depende com quem vai concorrer".
DILMA - Minha querida, pelo amor de Deus. A vida é um pouquinho mais complicada que isso. Mas respeito o que ele falou.F
OLHA - Ele participava das sessões [de tortura]?
DILMA - Ele era da equipe de busca, nunca participou. Mérito dele. Pelo menos enquanto estive na Oban. Não posso dizer depois. Você tinha aquele negócio de dar ponto para parar de apanhar, e ele levava as pessoas. Ele fez a busca em toda a minha casa. Pegava minhas coisas e perguntava sobre elas.
FOLHA - No depoimento à Justiça, a sra. cita ele como responsável pelas sessões de torturas.
DILMA - Que ele torturava pessoalmente, nunca vi. A mim não foi. Que ele entrava na sala e via tortura, tenho certeza. Qualquer um entrava. Te torturavam com a porta aberta.
FOLHA - Li uma entrevista em que a sra. diz que fez treinamento no exterior, mas não consegui encontrar o período em que isso pode ter acontecido. Deu tempo de sair do Brasil para treinar?DILMA - Acho engraçadíssimo porque quando me perguntaram isso, eu neguei que tivesse feito. É que nem aquela lista que sai aí dizendo que eu fiz dez assaltos armados. Nunca fiz uma ação armada. Se tivesse feito, eu estaria condenada por isso. É a mesma coisa essa história do treinamento. Nunca fiz nem treinamento no exterior nem ação armada. É só perguntar para as pessoas.
FOLHA - Incomoda a sra. atribuírem essas ações a seu nome?
DILMA - É chato. Não sou supermulher para dizer que não me incomoda. Agora não perco a cabeça por isso. Estão mentindo, têm segunda intenção.
FOLHA - Não teve treinamento no exterior, mas o básico todo mundo sabia como montar e desmontar uma arma. Era questão de segurança do dia a dia?
DILMA - Sempre fui muito dedicada, mas não achava isso grande coisa. Nunca fiquei avaliando se devia fazer isso ou aquilo. Não se colocava assim para nós. Falavam assim: "Vai ali e aprende a montar e desmontar a arma". Você ia e aprendia. "Vai ali e escreve um documento." Você também ia.
FOLHA - Como era o dia a dia da prisão? Algumas companheiras de cela dizem que a sra. dava aula de macroeconomia, mas não gostava muito dos trabalhos manuais de tricô e crochê...
DILMA - Aprendi bem. Sei fazer tricô e crochê. Você sabe que faço tapete? Mas não aprendi tapete lá, não. Fazia muito bem crochê. Podem falar que eu não fazia... (risos) No fim, gostava de fazer crochê. A gente lia muito, escutava muita música, conversava muito, jogava vôlei. [As aulas] estão fantasiando...
FOLHA - A sra. tinha consciência que continuava na mira da polícia mesmo depois da prisão?DILMA - Tinha. Não podia fazer aniversário que ficavam pendurados nas árvores, olhando. FOLHA - Quando tem o racha, quem assume a VAR?
DILMA - Não me lembro. Se o Espinosa tá dizendo que eu estava... Não sei se fui, se não fui [do comando]. É um período muito pequeno até a queda. Fui uma das primeiras a cair. Eu lembro que eu fui em outubro para São Paulo e nunca mais voltei [ao Rio]. Fiquei lá junto com todo mundo que dirigia a VAR na época. Só me lembro do José Olavo e de mais um. Tinha mais. Tinha quatro. F
OLHA - Muita gente dizia que a sra. era a responsável pelo dinheiro da organização. A sra. era o caixa de São Paulo, para manter militantes, aparelhos?
DILMA - Também não me lembro disso, não, que eu era do dinheiro. Se eu fosse do dinheiro, eles tinham me matado a pau. Tudo o que eles queriam era o dinheiro. Não lembro isso, não. Não me lembro de ter caído com um tostão. Se eu tivesse dinheiro, ia ser um festival.
FOLHA - O delegado ficou bem impressionado com a sra. depois do interrogatório. A ponto de defini-la como uma pessoa com dotação intelectual apreciável.
DILMA - Interessante... Da onde ele tirou isso, né? Nem me lembro dele. A gente não dava importância para o delegado do Dops, só para a Oban. Deve ter vindo da Oban. Tinha um juiz auditor louco (risos). Ele fez uma denúncia dizendo que eu era a Joana d"Arc do terror. Era ridículo. Ele era dado a essas...
FOLHA - É muito divertido o perfil que o delegado traça.
DILMA - Essa parte não era pública, essa parte do delegado. Você conseguiu um documento único. A Oban classificava a gente pelo nível de perigo. O major Linguinha [Waldir Coelho] só interrogava quem ele achava que era direção. Ele falava comigo sempre.
FOLHA - A sra. não pegou o delegado Sérgio Fleury no Dops?
DILMA - Quando entrei no Dops, o Fleury estava em viagem. Passei quase um mês na Oban e um mês no Dops. Eu custei a ir embora da Oban. Achava estranho eu não ir embora. Todo mundo ia, e eu ficava. Eu não lembro a data. Vai ficando muito obscuro, como foi e como é que não foi.
FOLHA - Vocês passavam por um treinamento intensivo para deletar as coisas. Tinha que esquecer para não contar?
DILMA - Uma parte você tentava esquecer. Sabe que teve uma época em que eu falei uma coisa que eu achava que era verdade e não era. Era mentira que eu tinha contado e aí depois eu descobri que era mentira. Você conta e se convence.
FOLHA - Informação obtida sob tortura é de responsabilidade de quem tortura e não de quem fala? Dá para culpar a pessoa que falou?
DILMA - Não dá mesmo. Até porque ali, naquela hora, tinha uma coisa muito engraçada que eu vi. Aconteceu com muita gente, não foi só comigo. É por isso que aquela pergunta é absurda, a do senador [Agripino Maia, do DEM]. A mentira é uma imensa vitória e a verdade é a derrota. Na chegada do presídio [Tiradentes], estava escrito "Feliz do povo que não tem heróis", que era uma frase do Brecht que tem um sentido amplo. Esse fato de não precisar de heróis mostra uma grande civilidade. É preciso que cada um tenha um pouco de heroísmo. F
OLHA - Quando a sra. chegou à Oban, houve muitos gritos?
DILMA - Teve. Fazia parte do script. É uma luta eterna entre a sua autodestruição e sua luta para ficar inteiro psicologicamente. A palavra correta é uma disputa moral no sentido amplo da palavra moral. É uma disputa entre éticas diferentes, entre princípios diferentes. Uma pessoa que se dispõe a fazer a outra ter dor tem um processo de difícil identificação. Fico imaginando o que foi Abu Ghraib, porque bota de um lado americanos e de outro lado um outro mundo. Você tem de ser desqualificado como ser humano para ser torturado, santa, senão você não é.
FOLHA - E a família da sra., como reagiu a isso tudo?
DILMA - Minha mãe foi absolutamente fantástica. Eles tinham horror de mãe.
FOLHA - Só para deixar claro, a sra. não se recorda desse plano para sequestrar o Delfim?DILMA - Não. Acho que o Espinosa fantasiou essa. Sei lá o que ele fez, eu não me lembro disso. E acho que não compadece com a época, entendeu? Nós acabamos de rachar com um grupo, houve um racha contra a ação armada e vai sequestrar o Delfim? Tem dó de mim. Alguém da VAR que você entrevistou lembrava-se disso? Isso é por conta do Espinosa, santa. Ao meu conhecimento jamais chegou. Não me lembro disso, minha filha. E duvido que alguém lembre. Não acredito que tenha existido isso, dessa forma. Isso está no grande grupo de ações que me atribuem. Antes era o negócio do cofre do Adhemar, agora vem o Delfim. Ah, tem dó. Todos os dias arranjam uma ação para mim. Agora é o sequestro do Delfim? Ele vai morrer de rir.
FOLHA - De qualquer forma, obrigada por tocar nesse assunto delicado...
DILMA - Eu estou te fazendo uma negativa peremptória. Para mim, não disseram.

sexta-feira, agosto 27, 2010

UMA IMAGEM VALE POR 1000 PALAVRAS

quinta-feira, agosto 26, 2010

Focos de incêndio em áreas protegidas crescem 275%
Data: 24/08/2010 / Fonte: R7
Brasil - O número de focos de incêndio no país em áreas de proteção ambiental, como parques e reservas, cresceu 275% em 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado. Até a última segunda-feira, 23, as unidades de conservação estaduais e federais registraram 20.905 focos de queimadas - há um ano, foram 5.562 focos entre 1.º de janeiro e 23 de agosto de 2009. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e incluem todos os satélites que monitoram focos de calor no Brasil.O Parque Nacional do Araguaia, no Tocantins, era, até a última segunda, o recordista em focos de incêndio: 2.843, seguido da Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu, no Pará (1.607 focos), e do Parque Estadual do Mirador, no Maranhão, com 923 focos.O avanço expõe problemas como a escassez de equipes treinadas para conter incêndios, as dificuldades de logística para se chegar aos focos no interior das unidades e evidencia o risco da prática agrícola de se atear fogo no solo em épocas de estiagem prolongada, de acordo com Luiz Cavalcante, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). "Há regiões do Norte e do Centro-Oeste onde não chove há mais de 120 dias. A vegetação mais seca e o hábito ainda muito difundido das queimadas entre os agricultores ajudam a espalhar o fogo e a situação foge do controle", afirma.
Índice de umidade chega a 19% e deixa SP em alerta
Data: 24/08/2010 / Fonte: R7
São Paulo - O índice de umidade relativa do ar caiu para 19% no início da tarde de hoje, deixando a cidade de São Paulo em estado de alerta, segundo decreto da Defesa Civil municipal.A recomendação do órgão é para que a população evite atividades ao ar livre e exposição ao sol entre as 10h e 17h, além de não praticar exercícios entre as 11h e 15h. É aconselhável também a ingestão de bastante líquido para não ter problemas de desidratação.De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), na tarde de ontem, a umidade relativa do ar na cidade de São Paulo chegou a 16% por volta das 17 horas, segundo medição feita do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante Santana, na zona norte.Segundo o CGE, a cidade já registrou outros baixos índices de umidade. Em 1981, foi registrado 13% no dia 10 de setembro. A menor marca foi atingida em 14 de agosto de 2009, com 10%. Abaixo deste índice já é considerado clima de deserto.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Caminhoneiros enfrentam condições precárias de trabalho

Jornadas exaustivas, não recebimento de horas extras, desrespeito ao descanso semanal remunerado, pagamento de comissões que incentivam os excessos e uso de medicamentos para inibir o sono. Essas são algumas das irregularidades constatadas nas rodovias de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, durante operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT) no que se refere às condições de trabalho de caminhoneiros e motoristas de transporte de passageiros. As fiscalizações em Goiás iniciaram em abril e encontraram motoristas dirigindo por mais de 20 dias sem descanso. Segundo Jacquelinne Carrijo, auditora fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás (SRTE/GO), as longas jornadas de trabalho se destacaram entre as irregularidades verificadas. Em entrevista ao programa de rádio Vozes da Liberdade, da Repórter Brasil, ela aponta os contratos de trabalho como estimuladores de excessos: de jornada, de velocidade e de cargas. "Tudo isso para que haja a entrega do produto em prazos muito curtos. E como esses trabalhadores ganham por produção, quanto mais trabalharem, mais ganharão", afirma.Os problemas foram constatados por meio da leitura do disco dos tacógrafos (dispositivo que monitora o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade desenvolvida), feita inicialmente pela PRF, e também por meio de entrevistas. "Por meio da leitura das informações dos discos verificamos jornadas de 25 horas, 28 horas de trabalho contínuo, o que configuramos como jornada de trabalho exaustiva", complementa a auditora.Quando o excesso de jornada é apontado pelo tacógrafo, os auditores fiscais lavram autos de infração para cada irregularidade apontada e encaminham para o empregador, que tem um prazo se posicionar. "Encaminhamos, também, os relatórios para o Ministério Público do Trabalho que toma as medidas cabíveis", explica. Quando o disco está danificado ou foi indevidamente preenchido, as companhias empregadoras também são responsabilizadas, a fiscalização lavra auto de infração por falta de controle de jornada.Outra irregularidade verificada pelas ações foi a falta de registro em Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS). "Os motoristas desconhecem seus direitos. Eles são como os outros trabalhadores comuns perante a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)", analisa Jacquelinne. De acordo com a auditora, houve registro de caminhoneiros e motoristas que comem mal e dormem mal, muitas vezes dentro do próprio caminhão. "Eles sentem muitas dores no corpo pela falta de repouso adequado, falta de local adequado para recuperação das energias, exposição ao risco de morte por causa dos acidentes e dos assaltos", acrescenta.Outros estadosO MPT em Mato Grosso, em parceria com a PRF, também realizou fiscalizações nas duas principais rodovias do estado e constatou, por meio de exames de urina, que os trabalhadores usam remédios para inibir o sono. O MPT/MT promoveu ação civil pública contra as transportadoras, para coibir o excesso de jornada. A ação ainda tramita em Brasília.De acordo com o juiz do trabalho Paulo Barrionuevo, do Mato Grosso, o pagamento de comissões aos caminhoneiros pode ser um dos principais fatores que induz longas jornadas de trabalho. A remuneração extra é paga de forma irregular. A constatação, apurada por meio de fiscalizações, foi apresentada durante o "Simpósio sobre trabalho no transporte rodoviário", promovido pelo MPT no município de Rondonópolis (MT).Em São Paulo, a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região (PRT-15) ajuizou ação civil pública contra a transportadora Vesper, no final de julho de 2010, pedindo a regularização da jornada de trabalho dos seus empregados, com a obrigação de conceder descanso semanal de 24 horas consecutivas. No mérito, o MPT pede a condenação da empresa em R$ 500 mil por danos causados aos direitos dos trabalhadores. A Vesper foi flagrada quatro vezes com problemas na jornada de trabalho dos seus empregados. A empresa não respeitou o limite de jornadas diárias e nem o intervalo mínimo de 11 horas entre uma jornada e outra. No início de 2006, uma fiscalização do MTE verificou que a Vésper prorrogava a jornada dos trabalhadores além do limite legal de 2 horas diárias. Os intervalos entre duas jornadas concedidos pela empresa eram inferiores a 11 horas. Um ano depois, uma nova fiscalização do órgão trabalhista observou que as práticas abusivas continuaram. Diante disso, o MPT firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Vesper, em maio de 2007. A empresa descumpriu o acordo, além de desrespeitar intervalos entre jornadas. Por conta disso, o MPT firmou um novo acordo em 2008, no qual a empresa se comprometeu a se regularizar e pagar multa pelo descumprimento do TAC anterior.Uma nova fiscalização verificou, porém, que a transportadora continuava a abusar dos períodos de jornada, desta vez não concedendo aos seus empregados descanso semanal de 24 horas seguidas. O MPT tentou um novo acordo com a empresa, propondo um aumento da multa diária pelo descumprimento dos acordos anteriores. Porém, a Vesper não concordou com a proposta. O procurador Fábio Massahiro Kosaka acionou a transportadora na Justiça do Trabalho. O advogado da empresa, Isidoro Augusto Rossetti, informou que a empresa já regularizou a situação após audiência, e que o problema se referia a dois funcionários do setor de manutenção que não tiveram folgas por duas semanas.Em Minas Gerais também foram realizadas operações nas principais rodovias no início deste mês. Os resultados ainda não foram divulgados.

Burnout afeta 30% dos profissionais brasileiros
Cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem de Bournout, o estágio mais avançado do estresse, segundo revela pesquisa realizada pelo Isma-BR (International Stress Managemet Association no Brasil). Segundo o levantamento, a doença causa um prejuízo de aproximadamente 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) nacional ao ano, sendo que, comparando-se o desempenho de portadores de Bournout com os demais trabalhadores, verifica-se diferença de cinco horas a menos para os primeiros.O Burnout, traduzido como fogo descontrolado, tem como características principais a exaustão, o ceticismo e a ineficiência, com 94% dos doentes se sentindo incapacitados para trabalhar, e 89% praticando presenteísmo, ou seja, estão presentes no trabalho, mas não conseguem realizar as tarefas propostas. Entre os sintomas, 93% dos afetados alegam sentir exaustão, 86%, irritabilidade, 82%, falta de atenção e 74% têm dificuldade de relacionamento no ambiente profissional. Além disso,outros 47% sofrem de depressão.No geral, diz o Instituto, 70% dos brasileiros sofrem de estresse, o que faz o País ocupar a segunda colocação entre oito países pesquisados, ficando atrás somente do Japão. Dentre os motivos que levam os brasileiros a ficarem estressados, a psicóloga e presidente do Isma-BR, Ana Maria Rossi, aponta a pressão diária do trabalho, juntamente com o trânsito e, este ano, as eleições e o futuro político do Brasil.No que diz respeito ao Burnout, para minimizar o efeitos da doença, a especialista diz que as empresas devem tentar oferecer segurança no trabalho, proporcionar apoio social, promover um ambiente sem favoritismos e politicagens, além de gratificar os funcionários.

terça-feira, agosto 24, 2010

Coluna:
Boletim

10º Encontro De Cipeiros Metalurgicos De São Paulo E Mogi Das Cruzes
MÁQUINA:PARA PRODUZIR, NÃO PARA ACIDENTAR! O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi realizará o 10º ENCIMESP – Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de São Paulo e Mogi. O ENCIMESP tornou-se uma tradição entre trabalhadores metalúrgicos, sindicalistas, técnicos e todos aqueles que, de uma forma ou outra, participam da segurança e saúde do trabalhador. O primeiro encontro aconteceu em 21 de fevereiro de 1987 e milhares de trabalhadores, cipeiros, técnicos, autoridades e sindicalistas, participaram das suas edições que muito contribuíram para segurança e saúde do trabalhador até os dias de hoje. Nosso Sindicato há muito vem se preocupando com a proteção voltada ao trabalho com máquinas e equipamentos e a conseqüente busca pela adequação destas máquinas perigosas que mutilam trabalhadores. Sabemos que há ainda muito que fazer, mas, conseguimos alcançar objetivos que almejamos e metas que traçamos, o que para nós, foi uma vitória. A luta pela qualidade de vida, dentro e fora do local de trabalho, priorizando a melhoria dos ambientes de trabalho e a prevenção aos acidentes com máquinas e equipamentos é meta permanente e nosso compromisso. Fomos pioneiros na implantação de um grande acordo que deu origem à Convenção de Proteção de Prensas e Similares, marco importante na revolução da prevenção de acidentes para máquinas e equipamentos em nosso País, hoje referência nacional. Sobre a questão da proteção de máquinas no Brasil, contamos atualmente com a NR 12 (em fase de reestruturação), e com a Nota Técnica nº 16/2005 do MTE. Já para o estado de São Paulo, os trabalhadores metalúrgicos dispõem também da Convenção Coletiva de Trabalho (prensas e similares), importante documento legal na adequação de máquinas e equipamentos. No entanto, a sociedade aguarda com atenção, a finalização da NR 12, que será mais abrangente, moderna e atualizada em função às necessidades da indústria de transformação atual. Assim, queremos discutir propostas, e dar continuidade nesta importante caminhada, face às novas ferramentas que hoje disponibilizamos e as que em breve estarão disponíveis. Os interessados em participar deverão procurar os diretores do Sindicato. Participem! DIA: 10 de setembro de 2010 Local: PALÁCIO DO TRABALHADOR Rua Galvão Bueno, 782 - Liberdade – SP - auditório HORÁRIO: 9h00 às 17h00 INFORMAÇÕES: dsst@metalurgicos.org.br / 33881098 (Bruno)

Dia nacional incentiva esporte entre operários da construção

Data: 23/08/2010 / Fonte: MS Notícias
Ilustração: Beto Soares/Revista ProteçãoCampo Grande/MS - Com o objetivo de ajudar a difundir a importância do exercício físico para a prevenção de problemas de saúde, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) elegeu o tema "Esporte como Qualidade de Vida" como objeto central do Dia Nacional da Construção Social, celebrado em 21 de agosto em 24 unidades da federação. O Presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), Carlos Campos, lembrou que o exercício laboral, principalmente na indústria da construção civil, gera impactos positivos não apenas na promoção da saúde dos trabalhadores, mas sobre a própria produtividade das empresas e a qualidade do ambiente de trabalho. Em Campo Grande, o evento ocorreu no dia 21, das 8h30 às 16h30 no Clube do Trabalhador do Sesi. A iniciativa do Sindicato Intermunicipal da Construção de MS (Sinduscon-MS), do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MS) promoveu a primeira edição do Dia Nacional da Construção Social no Estado.Kleber Recalde, vice-presidente do Sinduscon-MS e da Cbic, ressaltaram que a prática de atividades físicas contribui com a integração entre funcionários, com a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e com o desempenho das atividades nos canteiros de obras. "O esporte é uma atividade inclusiva que pode auxiliar na prevenção de problemas de saúde e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores", concluiu. O presidente do Crea-MS, engenheiro Jary Castro, afirmou que o Dia Nacional é um marco nas ações de responsabilidade social do setor, que só tem a ganhar com a ação. "A intenção é alertar, tanto empresários quanto trabalhadores, sobre o ganho proporcionado pela prática esportiva, além de incentivar que as empresas adotem nos canteiros de obras atividades como ginástica laboral e campeonatos esportivos, por exemplo", disse. A superintendente do Sesi, Maura Gabínio explicou que a iniciativa teve como objetivo promover a valorização desses trabalhador, bem como sensibilizar os empresários do setor para a importância da responsabilidade social.Além das práticas esportivas, o evento contou com atendimentos nas áreas de saúde, cidadania, educação, profissionalização e cultural. Trabalhadores e familiares podem obter documentos pessoais, aferir pressão, cortar cabelo, atendimento jurídico, dicas de orçamento familiar, palestras sobre empreendedorismo, orientações sobre segurança no trabalho, entre outros.Participaram do Dia Nacional da Construção Social, além do Sinduscon-MS, Sesi e Crea-MS: Águas Guariroba, Procon, Universidade Anhanguera-Uniderp, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Cigcoe, Polícia Militar Ambiental, INSS, Sebrae, Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Fundação de Trabalho de MS, Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, Conselho Regional de Administração (CRA-MS), Justiça Itinerante e Comunitária, Nautilus Engenharia, Agehab e Tribunal Regional Eleitoral.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Rio de Janeiro investe em segurança do trabalho

Rio de Janeiro - No mundo do trabalho não é preciso apenas gerar trabalho, é preciso evitar que o trabalhador adoeça, sofra acidentes, ou seja, é preciso reduzir a exposição a riscos. A afirmação é da superintendente de Saúde, Segurança e Ambiente de Trabalho, Maria Christina Menezes. "Hoje há um grande número de trabalhadores que geram impacto ao sair do mercado de trabalho devido a doenças ou acidentes de trabalho como, por exemplo, lesões por esforço repetitivo. No Rio, apesar de o número de acidentes ter aumentado, os óbitos diminuíram. Acidentes continuam acontecendo, porém com gravidade menor", explica. Segundo ela, o aumento no número pode estar ligado ao aumento no número de empregos formais no estado. Desta forma, acidentes que antes não eram notificados passaram a ser registrados.Maria Christina esteve há pouco tempo em São Paulo para apresentar um projeto de reabilitação profissional (inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência) que está sendo feito pelo Governo do Estado em parceria com a Previdência Social, Firjan, Prefeitura do Rio, Superintendência Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho. "Todas as empresas precisam, de alguma forma, incluir pessoas com deficiência, mas nem sempre há mão-de-obra qualificada. E nós caminhamos na direção de oferecer o atendimento à integralidade da lei 8213, porque não basta ser deficiente. Existem pessoas que são mutiladas, têm doença ocupacional, estão na previdência há muito tempo. São motoristas, cozinheiras. Essas pessoas não poderão mais exercer essas funções, mas poderão, por exemplo, atuar em novas frentes de trabalho, como supervisor de cozinha, por exemplo. A folha de afastamentos previdenciários é muito alta e a qualidade de vida cai. Estamos precisando de pessoas qualificadas e essas pessoas já são pré-qualificadas. A gente faz o diferencial porque temos o olhar para a diversidade", avalia.ParceriasA parceria com outras secretarias estaduais, entre elas a de Desenvolvimento Econômico, tem rendido bons resultados. Encontra-se em andamento a implantação da Comissão estadual de Saúde, Segurança e Ambiente do Trabalho, com o objetivo de gerar políticas públicas para a implantação de boas práticas e do desenvolvimento sustentável no Estado. A iniciativa está em alinhamento com a resolução 259 do Ministério do Meio Ambiente, que fortalece a política de SST nos novos investimentos.Segundo Maria Christina, outra coisa importante é o Certificado de Gestão Integrada. As empresas que quiserem concorrer serão certificadas, desde que tenham, entre outroas coisas, programas de prevenção de acidentes e uma base de dados que inclua pessoas com deficiência, com transtorno mental, pessoas acima de 40 anos. "É tipo um prêmio de qualidade, mas é, na verdade, um prêmio de responsabilidade social", detalha.Outra ação em parceria é feita com a Secretaria de Educação e prevê inclusão da SST no conteúdo programático das escolas. Quem vai dar o treinamento para os professores são os juízes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Rio de Janeiro será piloto do programa, que já é reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e será aplicado nacionalmente. "É preciso entender que Saúde e Segurança não geram custo. Ao contrário, são investimentos. Cerca de US$ 42 bilhões são gastos com acidentes de trabalho no mundo. Na América Latina, 10% do PIB é gasto com acidentes de trabalho. No Brasil, 4%", enumera.A criação da Superintendência de Saúde, Segurança e Ambiente de Trabalho é um programa pioneiro no Brasil e demonstra um novo modelo de gestão pública. Segundo Maria Christina, a iniciativa mira no desenvolvimento que está para vir para o Estado. "Nenhuma empresa poderá se instalar no Brasil ou no Rio se não atender aos requisitos. Nenhuma empresa internacional vem para um estado que não tenha esse compromisso. Todos os acidentes de trabalho são previsíveis. O Governo do Estado está alinhado com as empresas que estão vindo para cá" finaliza.NúmerosO Rio de Janeiro apresenta a menor média do Sudeste em acidentes por trabalhador: 978 para cada 100 mil trabalhadores. Boa parcela das ocorrências está na indústria naval e petrolífera. Nos últimos 19 anos foram registrados 552.771 acidentes de trabalho no Rio de Janeiro.De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Ministério da Previdência Social, em 2008, foram registrados 503.890 acidentes de trabalho no Brasil em 2006, enquanto em 2005 foram assinalados 499.680 acidentes. Já uma pesquisa do Ministério de Trabalho e Emprego apontou que cerca de 5.400 trabalhadores se aposentaram por invalidez decorrente de acidentes de trabalho ou doenças profissionais em 2006. No mesmo período foram registradas 1.600 mortes provocadas por acidentes de trabalho.

sexta-feira, agosto 20, 2010

ISSO É UMA VERGONHA

quinta-feira, agosto 19, 2010

quarta-feira, agosto 18, 2010

Greve do MPT completa quatro meses com manifestações
Data: 13/08/2010 / Fonte: Olhar Direto
Várzea Grande/MT - Marcando a semana em que a greve dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego completa 4 meses, os servidores preparam atos públicos em prol de melhores salários e condições de trabalho. No dia 16 de agosto, os servidores irão realizar manifestação no terminal André Maggi em Várzea Grande, entregando rosas à população como forma de sensibilização. Já no dia 21, o evento será no bairro Porto. As manifestações serão marcadas para sensibilizar a população de que a greve se tornou o único instrumento para que o Governo Federal olhe para essa categoria.A principal reivindicação do grupo é a implantação de um plano de carreira específico, além de melhores condições de trabalho e atendimento à população. Em virtude de possuir o menor salário do Poder Executivo Federal, o Órgão tem uma grande rotatividade de servidores.Em todo o País, servidores em greve buscam sensibilzar o governo e a sociedade para a necessidade de melhorias, de corrigir distorções salariais em relação a outras categorias do Poder executivo, de valorizar e capacitar os servidores do órgão e de dar continuidade na prestação de serviços aos trabalhadores do Brasil.Os servidores já apresentaram várias propostas ao Governo, para atender as necessidades dos servidores e superar as limitações do Governo. Porém, até hoje, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ainda não se pronunciou sobre o assunto. Assim, os servidores do M.T.E continuam com a greve, que já foi julgada legal pela Justiça.

terça-feira, agosto 17, 2010

MP pode extinguir atendimentos de saúde para canavieiros
Data: 16/08/2010 / Fonte: Olhar Direto
O presidente da Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil), Paulo Leal, levou ao presidente da Câmara dos Deputados e candidato à vice-presidência da República, Michel Temer (PMDB), a preocupação do setor canavieiro com relação à aprovação da emenda 26 da Medida Provisória 487/2010. A MP está na pauta da Câmara dos Deputados e, se for aprovada nesta semana de esforço concentrado, vai extinguir o PAS (Plano de Atendimento à Saúde). O serviço realiza, por ano, mais de 500 mil atendimentos (atendimento médico, odontológico, farmacêutico e social) a trabalhadores do setor canavieiro de todo o País. A rede de atendimento, com mais de mil funcionários, contribui com o Sistema Único de Saúde para diminuir a demanda nos hospitais públicos nos municípios onde existe a atividade canavieira.A proposta extingue o decreto Lei 3.855 de 1941 (conhecida como Estatuto da Lavoura Canavieira) e a Lei 4.870 de 1965, que determina a cobrança de uma contribuição patronal (1% do açúcar e 2% etanol) para financiar o PAS. Segundo Paulo Leal, muitas usinas descumprem a Lei e querem perdão das dívidas. A emenda foi inserida pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar por meio de um representante do setor no Congresso Nacional.Durante reunião realizada no escritório do parlamentar, em São Paulo, no dia 13 de agosto, o presidente da Feplana relatou o prejuízo a milhares de trabalhadores do setor canavieiro. Segundo Paulo Leal, o presidente da Câmara não conhecia a fundo os detalhes da proposta, mas sensibilizou-se com a ameaça de extinção de um programa que cumpre um papel social tão importante. "O deputado Michel Temer disse que alguns pontos dificilmente o governo vai deixar aprovar, como a questão dos benefícios aos trabalhadores. O deputado também achou complicado aprovar a questão da remissão (perdão) das dívidas das usinas", declarou.A Feplana e as entidades associadas estão se organizando para mobilização durante a semana, em Brasília/DF, para convencer os parlamentares sobre os prejuízos da aprovação da Medida Provisória. "Temos apenas o apoio de entidades como a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), e recebemos manifestações de apoio de sindicatos rurais e de trabalhadores na agricultura. Nosso movimento está ganhando volume", projetou.
Explosão ocorre em indústria química de Taubaté/SP
Taubaté/SP - Um trabalhador morreu e dois ficaram gravemente feridos em uma explosão em indústria química de Taubaté, no Vale do Paraíba, ocorrida no início da noite do dia 15 de agosto. A empresa tem cerca de 40 funcionários e produz resina, biodiesel e outras substâncias utilizadas na fabricação de medicamentos veterinários. Por volta das 19h20min ocorreu a primeira explosão, em uma tubulação. Ninguém estava na linha de produção quando começou o incêndio. Técnicos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) foram acionados. Ao verificar o aparelho, foram surpreendidos por uma segunda explosão. "Houve a primeira explosão, a brigada de incêndio da empresa foi verificar o que era, ocorreu a segunda e vitimou uma pessoa e feriu duas", explicou o capitão dos bombeiros Luiz Alves. Um dos homens da brigada de incêndio morreu na hora, outros dois ficaram feridos e foram internados na UTI de um hospital da cidade. Segundo bombeiros, todas as medidas de segurança foram adotadas por eles. A tubulação verificada é de um material químico usado na fabricação de remédios. Mais de 20 homens do Corpo de Bombeiros participaram do socorro e da ação de controle da área. A perícia também esteve no local. O fogo já estava controlado às 20h25min. As explosões foram percebidas por pessoas que moram próximo à empresa.A empresa deve permanecer fechada até que seja apontada a causa do acidente. A fábrica já havia registrado uma explosão em abril de 2009, quando dois funcionários foram atingidos por estilhaços

segunda-feira, agosto 16, 2010

Workaholics prejudicam mais a visão

É fácil identificar um workaholic, porque é o tipo de pessoa que, se pudesse, passaria 24 horas ligado ao trabalho e aos compromissos profissionais. Nem mesmo em festas e restaurantes ele desgruda de seu notebook. São vários os problemas que a obsessão pelo trabalho acarreta. "É cada vez maior o número de workaholics que se queixam de vista cansada, irritação nos olhos e visão dupla. Esses sintomas podem vir acompanhados de outros problemas, como dor de cabeça constante, tremor involuntário da pálpebra e dificuldade para enxergar", diz o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos.Estudo do National Institute of Occupational Health and Safety (NIOSH) revela que perto de 90% dos trabalhadores que passam mais de três horas por dia diante da tela do computador sofrem de algum distúrbio de visão. "Imagine o que acontece com aqueles que passam entre 10 e 12 horas no trabalho. Quando chegam em casa, muitos ainda ligam o computador. Sem perceber, a médio prazo acabam comprometendo também sua performance no ambiente de trabalho, além da visão e da saúde como um todo", diz Neves.O especialista chama atenção para outros fatores no ambiente de trabalho que podem agravar ainda mais os problemas de visão, como iluminação precária e ar-condicionado. Dicas que favorecem a saúde ocular:- Nunca posicione seu computador diante de uma janela. O excesso de luz na direção dos olhos favorecerá a visão dupla"; - Evite utilizar o computador em ambiente de baixa luminosidade. O contraste com a luz emitida pelo monitor é altamente prejudicial à visão"; - Dê preferência a um ambiente de trabalho arejado e bem-iluminado. A opção por lâmpadas incandescentes é mais saudável"; - Procure estabelecer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho para piscar bastante. Essa medida favorece a lubrificação dos olhos, evitando a síndrome do olho seco e irritações; - Depois do almoço, feche os olhos por quinze minutos para descansar a visão e equilibrar o estado emocional. Isso deve se tornar uma rotina, principalmente para quem enfrenta longas jornadas de trabalho diante do monitor"; - Garanta uma boa hidratação do corpo e, sempre que necessário, pingue lágrimas artificiais para lubrificar o globo ocular"; - Não se acostume com os problemas de visão que vão surgindo com o tempo. Até os 40 anos, é importante fazer um check-up completo da visão de três em três anos. Depois dos 40 anos os exames passam a ser anuais", diz o doutor Renato Neves.

sexta-feira, agosto 13, 2010



quinta-feira, agosto 12, 2010

Consulta pública da NBR de Gestão de SST encerra nesta sexta
Data: 11/08/2010 / Fonte: Blog Relações do Trabalho
As empresas e as entidades representativas têm até o dia 13 de agosto, para participar da consulta pública ao 2º Projeto de Norma Brasileira nº 109:000.00-001 de Sistema Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho (ABNT/CEE - 109). Esta nova proposta de norma baseia-se na OHSAS 18000 e os príncipios da OIT de sistema de gestão, criando um regulamento próprio para as empresas brasileiras.A CTPP (Comissão Tripartite Partidária Permanente), ligada ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), chegou a enviar, em março, um ofício para a associação, com posicionamento contrário a continuidade das discussões, pedindo a suspensão temporária do processo de construção da norma, enquanto o assunto não for tratado em seu âmbito, evitando assim, divergências entre a norma ABNT e a nova Norma Regulamentadora que será instituída pelo MTE. A Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT respondeu ao ofício, explicando que as normas brasileiras são desenvolvidas de forma voluntária por especialistas da área estudada, levando em conta padrões internacionais de normalização.
A ABNT afirmou ainda a CTPP que na oportunidade da primeira consulta pública o projeto foi visualizado 2421 vezes e o resultado foram as seguintes recomendações: aprovar sem restrição: 132 votos; aprovar com observação de forma: 78 votos;e não aprovar com objeções técnicas: 41 votos.Para votar as empresas devem acessar o site da ABNT (http://www.abnt.org,br/) e seguir os passos de acesso abaixo:- "Consulta Nacional";- "Participe!";- "ABNT/CEE-109 Segurança e Saúde Ocupacional";- "visualizar";- "Criar meu ABNT passaporte gratuitamente"(para aqueles que ainda não tenham);- "votar no projeto";


MPF/RJ cobra prevenção de acidentes graves em Angra 3
Data: 12/08/2010 / Fonte: MPF–RJ/EcoAgência
Angra dos Reis/RJ - O Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis recomendou pela segunda vez em 40 dias que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e a Eletronuclear suspendam as obras da usina Angra 3. As obras ficariam paradas até serem estudadas alternativas para prevenir ou reduzir os efeitos de acidentes severos - falhas múltiplas dos sistemas de segurança que podem levar à fusão do núcleo do reator e à liberação de material radioativo para o meio ambiente. Pelas normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a Cnen deveria ter exigido esse estudo à Eletronuclear.Os procuradores da República Fernando Amorim Lavieri e Daniela Masset Vaz, autores da recomendação, deram prazo até segunda-feira, 16 de agosto, para a Cnen e a Eletronuclear responderem se vão atendê-los. Do contrário, o MPF proporá ação civil pública para a Justiça ordenar a adequação do processo de licenciamento às normas internacionais. A Cnen e a Eletronuclear tinham pedido a reconsideração da recomendação de 24 de junho, mas o MPF considerou suas respostas insatisfatórias.Na recomendação em vigor, o MPF reitera a necessidade de revisão do projeto de Angra 3, feito nos anos 1970, antes do acidente da usina americana Three Mile Island, em 1979, que transformou práticas de segurança em usinas nucleares. "O projeto de Angra 3 é anterior a esta mudança de filosofia, ao que tudo indica, não foi revisado de maneira adequada e não trata corretamente de acidentes severos, o que o torna incompatível com a legislação em vigor", afirmam os procuradores na recomendação. "As normas da AIEA foram simplesmente ignoradas. Dentre as normas aplicáveis a Angra 3, não há nenhuma norma da agência."O documento, recebido nesta segunda-feira pela Cnen, já está em análise pela área jurídica. A íntegra da recomendação pode ser lida em: http://www.prrj.mpf.gov.br/atuacao/2010/PRMAngra-AngraIII2aRecomendacao.pdf

quarta-feira, agosto 11, 2010




Vítimas de assédio moral estão mais expostos a acidentes

Data: 07/08/2010 / Fonte: Agora MS
Ilustração: Beto Soares/Revista ProteçãoA exposição do trabalhador a situações de assédio moral, como intimidação e humilhação dentro do ambiente de trabalho, traz prejuízos tanto para a vida pessoal quanto profissional da vítima. Mas os danos podem ser ainda maiores quando a versão adulta do bullying evolui de dano pessoal para acidente de trabalho. Por isso, tramita na Câmara Projeto de Lei nº 7.202/2010, que inclui o assédio moral entre os tipos de acidentes de trabalho.De acordo com a advogada trabalhista, Andreia Ceregatto, a exposição repetitiva e de longa duração ao assédio moral interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo a identidade, dignidade e as relações afetivas e sociais da vítima. "Uma destas formas é a submissão do empregado a excessivo rigor no trabalho, sobrecarregando-o de tarefas. Com isso, podem surgir consequências como angústia, depressão, síndrome do pânico, estresse ou outros danos psíquicos ao trabalhador, colocando em risco não só a saúde, mas a própria vida do empregado", explica. Além das condutas abusivas, o agressor, geralmente alguém que ocupa um cargo superior ao da vítima, também ocasiona o acidente de trabalho com o assédio moral quando isola, vigia, ridiculariza, despreza, ironiza, difama, menospreza e inferioriza o trabalhador. Segundo Andreia, há casos em que o empregado é obrigado a realizar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas. Ou ainda ter que trabalhar em horários fora da jornada de trabalho, sem o aviso prévio. "Na maioria das vezes isso ocorre porque, por meio da pressão psicológica, a empresa quer que o seu empregado peça demissão forçada ou planeja uma forma que ele seja dispensado por justa causa, pela prática de insubordinação", diz.Apesar de não haver lei específica que caracterize o assédio moral, a advogada especialista na área, Eryka De Negri, chama a atenção para que as vítimas recorram ao sindicato da categoria ou busquem apoio jurídico para lutar pelos seus direitos. A partir daí, o ambiente de trabalho será avaliado e as irregularidades serão comunicadas aos órgãos competentes como a Delegacia Regional do Trabalho e o Ministério Público."Segundo o artigo 927, cumulado com o artigo 950 do Código Civil, toda lesão que acarreta dano moral é passível de indenização. Além disso, o trabalhador pode exigir na Justiça que a empresa o demita, sem que seja necessário pedir demissão, é o que chamamos de rescisão indireta. Na verdade, neste caso o empregador terá cometido uma justa causa", alerta.

terça-feira, agosto 10, 2010

Greve dos médicos peritos prejudica trabalhadores no PR
Data: 07/08/2010 / Fonte: Paraná Online
Paraná - Em função da greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), em algumas agências do INSS de Curitiba os usuários têm esperado até 120 dias entre a marcação ou remarcação e a realização da perícia.No Paraná, são cerca de duzentos médicos peritos em atividade. A adesão à greve é de 100% nas regionais do INSS de Cascavel e Maringá, 80% em Curitiba, 50% em Ponta Grossa e entre 30% e 50% em Londrina. "Porém, em todos os lugares, estamos mantendo 50% dos peritos trabalhando, em obediência ao STJ (Superior Tribunal de Justiça)", diz o delegado suplente da Associação Nacional dos Médicos Peritos no Paraná, Fábio Fontes Farias, que é responsável pelo comando de greve.O movimento, que já dura mais de 45 dias, vem dificultando a vida de trabalhadores que aguardam perícia para garantir benefícios por afastamento. "Antes da greve, o tempo médio de espera em algumas agências era de noventa dias. Acreditamos que o ideal sejam cinco dias, mas colocamos quinze como meta", afirma o delegado.A greve é motivada por três reivindicações principais: maior segurança no trabalho, menos tempo de espera dos usuários que necessitam de perícia e contratação de uma maior quantidade de médicos peritos. "Em todo Brasil, temos um déficit de 1,5 mil peritos. Se houvesse concurso público para contratação de novos profissionais e melhor gestão, o tempo de espera para quem necessita de perícia iria, consequentemente, diminuir".Em relação à segurança, Fábio diz que os médicos peritos são vítimas constantes de agressões físicas e verbais, além de ameaças. A violência geralmente acontece quando algum usuário não concorda com o laudo dado pelo médico perito e acaba ficando sem poder receber benefício. "Para resolver o problema, queremos que os médicos não precisem entregar o resultado aos usuários logo que acabam a perícia e que os seguranças das agências do INSS também possam proteger os médicos".

segunda-feira, agosto 09, 2010


Senado aprova projeto que dobra valor do adicional noturno
Data: 09/08/2010 / Fonte: Agência Brasil


A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, no dia 4 de agosto, projeto de lei que aumenta de 20% para 50% a remuneração do adicional noturno pago ao trabalhador. Pelo projeto, o adicional é devido "mesmo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal" na jornada de trabalho. A proposta prevê ainda que com a alteração na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as empresas terão que pagar o adicional também com base na remuneração, assim o salário mínimo não será mais usado como referência para o cálculo do acréscimo. Como foi apreciado em caráter terminativo, o projeto será encaminhado à Câmara dos Deputados.

segunda-feira, agosto 02, 2010

BANIMENTO DO AMIANTO
Fernanda Giannasi fala sobre banimento do amianto
Data: 27/07/2010 / Fonte: IHU On–Line
O amianto é o nome comercial genérico para uma variedade fibrosa de seis minerais metamórficos naturais utilizados em produtos como telhas, caixas d`água, coberturas de edifícios, vestimentas e revestimentos à prova de fogo, isolamento térmico, entre outros. Trata-se de um material com grande flexibilidade e resistência tênsil, química, térmica e elétrica, mas que pode causar câncer tanto nos trabalhadores que lidam diretamente com essas fibras quanto na população que adquire produtos com amianto.O debate acerca do banimento do amianto já existe há muitos anos, mas a articulação entre empresas e sindicatos deste setor conseguiu, em grande parte, manter a utilização do mineral. Porém, estados como São Paulo já criaram leis proibindo a produção e comercialização de materiais com essa variedade fibrosa. "Em São Paulo, há dois grupos empresariais que ainda insistem em descumprir a lei. Nós já interditamos estas empresas, mas eles recorrem na Justiça. As duas já desenvolveram tecnologia substitutiva ao amianto, mas continuam querendo lucrar o máximo que podem com o mineral. Elas sabem que, assim que passarem a utilizar a nova tecnologia, os preços ficarão competitivos", diz Fernanda Giannasi que luta há 25 anos contra o amianto.Em entrevista à IHU On-Line, por telefone, a engenheira civil e auditora-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, narrou sua trajetória de luta e analisou a situação atual do Brasil em relação ao banimento e aos substitutos ao amianto. Confira a entrevista.IHU On-Line - Você luta há 25 anos contra o amianto. Como você se inseriu nessa luta?Fernanda Giannasi - Em 1986, fui aprovada em um concurso público para o cargo de Auditora Fiscal. Na época, podíamos atuar em três áreas: engenharia, medicina e direito. Eu vinha da área de pesquisa na área de engenharia de materiais, e, por coincidência, atuava no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, onde faziam pesquisas sobre a substituição do amianto. No final dos anos 1980, a própria Eternit, que hoje luta para manter o amianto, realizava pesquisas com diversas fibras que poderiam substituí-lo, porque já existia uma indicação que poderia banido. Quando eu entrei no Ministério do Trabalho, fiquei surpresa com a demanda que vinha para a fiscalização em relação ao amianto. Com isso, eu e um colega médico resolvemos mudar a dinâmica e, ao invés de ficar analisando processos de protocolo, começamos a reunir dados para identificar os riscos do ambiente de trabalho e, é claro, que o amianto saltou aos olhos. Havia, nesse período, uma discussão internacional pelo banimento do amianto, existia um fórum na Organização Internacional do Trabalho - OIT que debatia se o mineral deveria ser proibido ou se era possível utilizá-lo controladamente. Com esses dados concretos em mãos, passamos a fiscalizar as empresas de São Paulo.Eu tenho uma convicção muito grande que, ao longo destes anos, fomos amadurecendo com os debates. Não foi uma coisa assim: "baniram lá fora e temos que banir no Brasil". É uma trajetória de 25 anos de luta. Quando começamos esse trabalho contra o amianto, o Brasil não tinha tecnologia, não tinha trabalhadores organizados, tinha sindicatos já comprometidos com as indústrias. E nós fomos dialogando com todos os setores, acompanhando a evolução tecnológica. Hoje, eu posso dizer que se o banimento do amianto no Brasil for decretado não vai haver nenhum desabastecimento e ninguém vai ser pego desprevenido. Tenho fiscalizado as empresas do estado de São Paulo que continuam brigando para usar o amianto e elas estão abarrotadas de material para a substituição. Então, não usar mais o amianto é uma questão de vontade política.IHU On-Line - Quem ainda usa amianto no Brasil?Fernanda Giannasi - Existem duas questões que precisam ser trazidas para responder a esta questão. Primeiro é a mineração que deixa de existir com o banimento do amianto. E ali existem 600 postos de trabalhos que precisam ser tratados com muita responsabilidade. É preciso fazer uma política de reciclagem e oferta de novos empregos. Em São Paulo, há dois grupos empresariais que ainda insistem em descumprir a lei. Nós já interditamos estas empresas, mas eles recorrem na Justiça. As duas empresas já desenvolveram a tecnologia substitutiva ao amianto, mas continuam querendo lucrar o máximo que podem com o mineral. Elas sabem que, assim que passarem a utilizar a nova tecnologia, os preços ficarão competitivos.Um exemplo é a tecnologia utilizada para fabricar telhas em cerâmicas. O amianto acaba sendo muito mais barato em comparação aos seus substitutos, como o PVA, o poliprotuleno ou outra fibra de reforço. As indústrias sabem que vão perder o monopólio ou a liderança do mercado de coberturas, mas não querem abrir mão disto. Um terceiro setor que ainda insiste em descumprir a legislação é o de materiais de isolamento térmico. Como o Brasil já não mais produz estes materiais (papelões hidráulicos, gaxetas, juntas), está importando da China. No entanto, não existe uma política federal que impeça isso. O Ministério de Trabalho de São Paulo tem feito uma forte luta nesse ramo do comércio de produtos importados com amianto.IHU On-Line - Se existem alternativas para o amianto, porque ele ainda é tão utilizado?Fernanda Giannasi - Em função do custo. Como o Brasil é um grande produtor, o custo fabricação com o amianto é muito menor em relação ao mesmo processo com materiais substitutivos. Além disso, a fábrica que usa amianto não computa os custos sociais e ambientais. Hoje, a comparação é feita "ponto a ponto" e, olhando desta forma, a fibra do amianto custa 30 vezes menos do que uma fibra de carbono ou de vidro, por exemplo. Com este tipo de comparativo, o consumidor e os políticos se assustam, uma vez que, desta forma, os custos de uma edificação parecem aumentar absurdamente. Mas não se pode fazer comparações nestes termos.O grande apelo que a indústria do amianto tem é o de dizer que o produto dela custa menos e é voltado a um público de menor poder aquisitivo, o que não é verdade. Outra questão: os números astronômicos de empregos que eles dizem gerar. A indústria do amianto diz ter 200 mil postos de trabalho. No entanto, a cadeia produtiva desse mineral gera três mil empregos, sendo que 600 já correm realmente o risco de extinção, uma vez que são aqueles ligados à mineração. A indústria coloca nessa conta os postos de trabalho gerados pela construção civil. No entanto, o trabalhador que monta um telhado pode trabalhar com matérias que utilizam ou não o amianto. A indústria do amianto também contabiliza o emprego do comerciante que vende telhas e caixas d’água. Mas este também não é um emprego gerado pelo setor do amianto. O mesmo ocorre com o caminhoneiro que transporta o material. Esse número inflacionado realmente é um mito.
IHU On-Line - O sindicato que representa a construção civil ainda está ligado à indústria?Fernanda Giannasi - Venho denunciando há mais de 20 anos essa ligação umbilical dos sindicatos da construção civil com a indústria do amianto. Parte ou a maioria dos sindicatos têm um relacionamento promíscuo com a indústria. Algumas entidades foram criadas pela própria indústria, fato que denunciei à OIT (Organização Internacional do Trabalho) como um crime contra a organização dos trabalhadores. Temos provas de que existe uma ligação entre a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI) e que entre elas há um acordo de financiamento das ações pró-amianto. Isso é um crime que fere as Convenções da OIT.Nós temos dúvidas até sobre o processo de criação destes sindicatos. O que sabemos é que, de fato, eles não têm legitimidade e representatividade, uma vez que são interlocutores das indústrias, fazendo chantagem com os trabalhadores ao afirmar que se o amianto for banido, os funcionários perderão seus empregos. O trabalhador não tem opção, ele tem que optar entre a saúde e o emprego. Assim, enquanto tem saúde, escolhe o emprego. Porém, quando ele perde a saúde a situação fica muito difícil. Por isso, tem aumentado muito o número de associações de vítimas do amianto nos estados. IHU On-Line - Que exames precisam ser feitos para se detectar que um trabalhador está doente em função do seu contato com o amianto?Fernanda Giannasi - Esses exames são os preconizados pela própria OIT através da convenção 162. Num primeiro momento, é feito um exame clínico para que se possa saber quais são as queixas que o trabalhador tem. Depois, há a teleradiografia de tórax que mede a capacidade respiratória do funcionário. Estes são os exames preconizados pela OIT que as próprias indústrias devem realizar anualmente com seus funcionários. Quando o trabalhador é demitido, a indústria é obrigada a acompanhá-lo por 30 anos, oferecendo estes exames, mesmo que não haja mais vínculo empregatício, e o custo é da empresa. IHU On-Line - Como a senhora avalia o trabalho da vigilância dos trabalhadores expostos ao amianto?Fernanda Giannasi - Embora a lei de 1995 do uso controlável diga que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve fazer esta vigilância, a Legislação trabalhista diz que o empregador tem obrigações de fazê-lo. No entanto, ainda não houve de fato um compromisso do Governo brasileiro com esta questão. As vítimas estão aparecendo muito tempo depois de se desligar do trabalho com o amianto. Nós temos alguns centros de excelência, como a Fiocruz e a Fundacentro, que estão acompanhando todas as fábricas que utilizam essa fibra. Agora, ainda falta uma decisão política para que a vigilância seja um programa de governo, onde o Ministério da Saúde possa preparar seus profissionais e seus os centros com os equipamentos para que se possa fazer os diagnósticos. E nós vamos pressionar para que isso se torne realidade.IHU On-Line - Apesar da proibição e restrição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países. O que é o amianto branco?Fernanda Giannasi - Na verdade, o amianto conhecido hoje é um conjunto de materiais fibrosos que tem características específicas, como a grande resistência ao calor, a chamas e a produtos químicos. Entre os amiantos, há o amianto branco, o amianto azul, o amianto marrom. Hoje, quem fala que existe diferença entre amiantos é a indústria, porque ela procura a culpabilidade aos outros tipos de amianto para todos os males da humanidade. Mas já há estudos que provam que o amianto branco, que é menos agressivo que o amianto azul e marrom, também causa câncer.Dizer que o amianto azul ou o amianto marrom são os culpados é uma bobagem, o amianto branco também é indutor do câncer. Tanto que a Agência de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde não faz distinção entre os amiantos, todos eles são reconhecidamente cancerígenos para os seres humanos. Então, esta é uma discussão criada para adiar a decisão do banimento. Qualquer cientista e pesquisador sério sabe que não existe diferença entre os amiantos para o efeito do câncer.

sexta-feira, julho 30, 2010


Mão de obra desqualificada é um dos maiores problemas dos empresários
Crescimento econômico do Brasil revela um problema que a muito já é enfrentado por países desenvolvidos: A falta de mão-de-obra qualificada.

O crescimento econômico que o Brasil está vivenciando, trouxe à tona um antigo problema que já é muito comum em países desenvolvidos: a mão de obra qualificada é precária. Este entrave leva muitas empresas a enfrentarem dificuldades na expansão de seus negócios. Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), somente 18% dos trabalhadores que buscam emprego no país têm algum tipo de qualificação, o que eleva para 7,5 milhões o número de trabalhadores sem qualquer qualificação ou experiência buscandotrabalho no Brasil.
Estes dados revelam uma verdadeira tragédia nacional, que é a desqualificação de uma parte considerável da força de trabalho. Isto não é ruim apenas para estes profissionais, mas também para as empresas, que enfrentam mercados cada vez mais competitivos, inclusive competindo com produtos importados, sem o suporte de uma mão-de-obra preparada para atuar com qualidade", assinala Ralph Arcanjo Chelotti, Presidente da ABRH-Nacional Associação Brasileira de Recursos Humanos.Para Chelotti, a desqualificação dos trabalhadores no Brasil é omais evidente reflexo de graves problemas estruturais nos modeloseducacionais adotados no País, que não formam pessoas com qualidade e,muitas vezes, formam profissionais despreparados para determinadasrealidades econômicas e sociais que o país atravessa."A ABRH acredita que é preciso deixar as empresas investirem de modo mais consistente em qualificação de profissionais, pois elas saberão orientar esses investimentos para aqueles setores onde há grande demanda por pessoal qualificado, sem que existam profissionais no mercado. Exemplo claro disso é a premente necessidade de pessoal para o setor petrolífero, o que está obrigando as empresas do setor a investirem em cursos de capacitação para formar seus quadros, que inexistem no Brasil", assinala Chelotti.Projeto de lei - Para estimular as empresas a investirem mais em qualificação de pessoal, a ABRH-Nacional encaminhou proposta de projeto de lei ao Ministério do Trabalho e Emprego recomendando que as empresas sejam estimuladas a investir em qualificação de profissionais por meio do abatimento de parte desses investimentos no imposto de renda a pagar.Segundo Carlos Pessoa, Vice-Presidente de Relações Trabalhistas e Sindicais da ABRH-Nacional, o Governo Brasileiro, no passado, já investiu em descentralização da formação profissional por meio de incentivos, algo que pode ser repetido hoje:"O Plano de Aceleração de Crescimento - PAC, que o Governo Federal vem articulando em todo o Brasil, não pode deixar que a preparação dos trabalhadores fique para depois, pois são os trabalhadores qualificados que vão garantir o sucesso dessa iniciativa. É inegável que, a despeito de alguns esforços regionais, o ensino escolar é lento e de má qualidade, comgrades curriculares dissociadas das necessidades de Recursos Humanos das empresas", adverte Pessoa.A má-qualidade da formação dos trabalhadores brasileiros, além de afetar a competitividade do País, prejudica, inclusive, programas e ações voltados para a redução da exclusão social. Segundo Pessoa, exemplo disso é que tanto a Lei do Aprendiz quanto a Lei de Cotas para Pessoas Com Deficiência não estão alcançando os resultados esperados justamente em função da inexistência de pessoal com alguma qualificação para ocupar postos de trabalho.