quarta-feira, maio 31, 2006

SOLDAGEM ELÉTRICA POR RESISTÊNCIA

SOLDAGEM ELÉTRICA POR RESISTÊNCIA

A solda elétrica por resistência não é muito empregada na Indústria da Construção.
Há vários métodos de solda por resistência, conforme os meios de aquecimento ou de pressão empregados.
A solda por resistência funciona com intensidade considerável, às vezes de vário milhares de amperes, mas sob tensão fraca de alguns volts , 2 a 7 V (dois a sete volts).
A tensão é fornecida por transformadores de enrolamentos separados, permitindo reduzir a tensão da rede ao valor apropriado.
Os riscos mais comuns com este tipo de soldagem são :
• Eletrização, eletrocussão.
• Prender os dedos.
• Projeções incandescentes.
• Queimaduras nos dedos.
Na eletrizaçào, o perigo é proveniente da tensão da rede em caso de falha no isolamento.
O perigo de prender os dedos é semelhante ao oferecido pelas prensas de metais e deve ser combatido segundo os mesmos princípios, isto é, ocupar as mãos durante toda a descida do punção superior, ou colocar uma tela vedando o acesso à zona perigosa.
As projeções incandescentes são mais comuns nos seguintes casos:
• Chapas calaminadas.
• Dificuldades de encostar as peças.
• Mau estado dos eletrodos.
• Pressão insuficiente dos eletrodos.

terça-feira, maio 30, 2006

BENZENO 2

Efeitos físicos e psíquicos

Após a aspiração, o início dos efeitos é bastante rápido. Entre 15-40 minutos já desapareceram. O efeito dos solventes vai desde uma pequena estimulação, seguida de uma depressão, até o surgimento de processos alucinatórios. Os principais efeitos são caracterizados por uma depressão da atividade do cérebro.
O aparecimento dos efeitos após a inalação foi dividido em 4 fases:
1a. fase: fase da excitação. A pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, ocorrendo tonturas e perturbações auditivas e visuais. Podem aparecer náuseas, espirro, tosse, muita salivação e as faces podem ficar avermelhadas.
2a. fase: a depressão começa a predominar. A pessoa entra em confusão, desorientação, fica com a voz pastosa, começa a ter a visão embaçada, perda do autocontrole, dor de cabeça, palidez e começa a ver e a ouvir coisas.
3a. fase: a depressão se aprofunda com redução acentuada do estado de alerta, incoordenação ocular, incoordenação motora, fala "enrolada", reflexos deprimidos, já podendo ocorrer processos alucinatórios.
4a. fase: aparece a depressão tardia, podendo chegar a inconsciência. Há queda de pressão, sonhos estranhos, podendo ocorrer surtos de convulsão. Há possibilidade de se chegar ao coma e à morte.
A aspiração repetida, crônica, pode levar à destruição dos neurônios, causando lesões irreversíveis. Os usuários podem apresentar-se apáticos, com dificuldade de concentração e com déficit de memória.
Os solventes têm a propriedade de deixar o coração muito sensível à adrenalina (uma substância produzida pelo corpo), o que faz com que os batimentos cardíacos aumentem. Os solventes, inalados cronicamente, podem levar a lesões da medula óssea, dos rins, do fígado e dos nervos periféricos que controlam os nossos músculos.
Não há, na literatura médica, afirmativas claras de que os solventes possam levar à dependência. Também não se figura síndrome de abstinência. A tolerância pode ocorrer, instalando-se em um ou dois meses.

Nomes comerciais

Os solventes estão presentes em muitos produtos comerciais. Existem dois grupos principais:
Substâncias voláteis: éter, clorofórmio, gasolina, benzina, fluído de isqueiro, Carbex.
Substâncias usadas na indústria como solvente, diluente e adesivas: cola de sapateiro, tintas, vernizes, removedores, limpa-manchas, esmaltes.

segunda-feira, maio 29, 2006

BENZENO 1

Inalantes/solventes

Inalante: toda a substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pela boca ou nariz.
Solvente: substância capaz de dissolver coisas. Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, evapora-se muito facilmente podendo, por isso, ser inalado. Devido a essa característica, são, portanto, chamados de inalantes. Muitos dos solventes ou inalantes são inflamáveis, isto é, pegam fogo facilmente.

Aspectos históricos e culturais

Os solventes começam a ser utilizados como droga de abuso por volta de 1960 nos EUA. No Brasil, o uso de solventes aparece no período de 1965-1970.
Hoje, o consumo de solventes se dá muito em países do chamado Terceiro Mundo, enquanto que em países desenvolvidos a freqüência de uso é muito baixa.
Os solventes são drogas muito utilizadas por meninos em situação de rua como forma de, por exemplo, sanar a fome; e por estudantes de 1º e 2º graus dado seu fácil acesso e baixo custo.
Eles podem ser aspirados voluntariamente (caso dos meninos de rua que cheiram cola de sapateiro) ou involuntariamente (trabalhadores de indústrias de sapatos ou de oficinas de trabalho, expostos ao ar contaminado por essas substâncias).
O clorofórmio e o éter chegaram a servir como drogas de abuso em outros tempos e depois seu uso foi praticamente abandonado. No Brasil, a moda voltou com os lança-perfumes trazidos da Argentina. O clorofórmio é conhecido desde 1847 como anestésico, mas foi abandonado porque surgiram anestésicos mais eficientes e seguros. Assim também ocorreu com o éter. Há referências ao abuso do éter como substituto do álcool durante a Lei Seca nos Estados Unidos e durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha.
Por volta de 1960, os lança-perfumes, que eram feitos de Cloreto de Etila, começaram a ser aspirados para dar sensação de torpor, tontura e euforia. O Quelene, anestésico local, formava par com o lança-perfume e era empregado fora das épocas de Carnaval, quando a disponibilidade do lança-perfumes era menor. Muitas pessoas morreram de parada cardíaca provocada por essa droga e, por volta de 1965, o governo brasileiro proibiu a fabricação dos lança-perfumes e do Quelene. Contudo, começaram a surgir referências ao retorno do uso de lança-perfumes, só que como um produto à base de clorofórmio e éter.

sexta-feira, maio 26, 2006

ASBESTO

Nova ofensiva contra o asbesto


Autoridades trabalhistas do Brasil promovem a proibição do mineral cancerígeno usado em mais de três mil produtos. Prevê-se resistência por parte das empresas.
RIO DE JANEIRO.- O Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil afirmou, pela primeira vez, que se deve proibir a extração, industrialização, venda e uso do asbesto, como ocorre em outros 36 países, por causar câncer de pulmão e outras doenças respiratórias irreversíveis. Se essa proibição se concretizar, será uma vitória pessoal de Fernanda Giannasi, inspetora do Trabalho e a mais conhecida militante no país contra o asbesto, comumente chamado de amianto, como o mineral similar e mais flexível. Contudo, ainda falta o Poder Executivo formular um projeto de lei e que o Parlamento o discuta, seguramente com resistências empresariais. Giannasi teme que seja dado à indústria um longo prazo para eliminar o asbesto, como o qüinqüênio fixado pela União Européia, que termina este ano. No final de março, o Ministério do Trabalho criou um grupo técnico com 90 dias de prazo para detalhar a cadeia de produção e os usos dessa fibra. Isso ajudará uma comissão com representantes de seis ministérios a definir os termos da proibição. “Cinco anos é muito, espero a proibição imediata ou, no máximo, em um ano, porque as empresas já ganharam muito tempo”, afirmou Giannasi, convidada a assessorar essa comissão. “O assunto já foi muito discutido, falta uma decisão política”, disse ao Terramérica. Em sua opinião, não cabem novos adiamentos porque os danos à saúde causados pelo asbesto estão comprovados, e há matérias-primas e tecnologias alternativas. Em colaboração com a Associação Brasileiras de Expostos ao Amianto, a inspetora registrou entre esses danos 52 mortes e centenas de casos de câncer abestose (enfermidade pulmonar crônica) e outros males que causam invalidez permanente. A Sociedade Anônima Mineração de Amianto (Sama), única produtora do mineral, e as indústrias que o utilizam afirmam que não é perigoso o uso controlado do asbesto, de acordo com as leis vigentes. No Brasil, argumentam, só se usa o chamado asbesto branco, ou crisotila, a variedade menos tóxica, permitida em muitos países. No ano passado, a Sama exportou 140 mil tioneladas do mineral, dois terços de sua produção, obtendo US$ 110 milhões. Essa empresa assinalou ter o direito de explorar por mais 60 anos a jazida de Minaçu, no interior de Goiás, e alegou que se o governo a proibir terá de indenizá-la. A indústria de transformação sustenta que substituir o asbesto elevaria custos, mas algumas já testam alternativas, porque o mercado assim exige. Uma delas é a Infibra/Permatex, que utiliza fibras vegetais e sintéticas para produzir o fibrocimento com que constrói depósitos de água. “Isso aumenta em 10% o custo, mas há consumidores que o preferem”, disse ao Terramérica Luiz Fernando Marchi, diretor industrial dessas empresas. No entanto, a produção alternativa, com tecnologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo, é muito minoritária na Infibra/Permatex, que usa asbesto em 90% de seus produtos. O fibrocimento também é utilizado para fazer telhas, e a alternativa, com tecnologia importada da Áustria, custa 40% mais sem resolver o problema da ondulação das telhas, explicou Marchi. O asbesto é componente de mais de três mil produtos, entre eles isolantes térmicos e acústicos, roupas de proteção, freios e embreagens de veículos, filtros industriais e papéis especiais. É difícil encontrar substitutos com semelhante qualidade de resistência a golpes e altas temperaturas, durabilidade e flexibilidade. A indústria argumenta que a baixa porcentagem da fibra nos produtos reduz seus riscos, mas o diretor do Departamento de Segurança e Saúde do Ministério do Trabalho, Virgílio César Alves, destacou em um artigo que não há limite seguro de exposição para evitar o câncer provocado pelo asbesto. Dos 36 países que proibiram o uso desse mineral, a maioria é de europeus. Na América Latina, apenas Argentina, Chile e El Salvador o fizeram, mas espera-se que logo se somem a eles Equador e Peru. “A eliminação no Brasil pode ser gradual”, disse Alves ao Terramérica, considerando razoável o prazo de cinco anos, temido por Giannasi. Uma solução como a adotada pelo Canadá, ao proibir o asbesto internamente e permitindo sua exportação, pode salvar municípios como o de Minaçu, de 34 mil habitantes, que depende da mineração para mais de 800 empregos diretos e muitos outros indiretos, acrescentou. No Brasil há cerca de 300 mil pessoas diretamente expostas a esse mineral tóxico, por trabalharem em empresas que o utilizam, segundo a Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho. Porém, o problema de saúde pública é muito maior, porque fibras liberadas dos produtos ou em seu transporte podem se dispersar por longas distâncias, acrescentou Alves. As doenças causadas pelo asbesto podem surgir até 30 anos depois da exposição, e por isso o auge dos casos no país é esperado para o período entre 2005 e 2015, já que a produção se intensificou nos anos 70, explicou.

quinta-feira, maio 25, 2006

SEGURANAÇA DO TRABALHO

ACIDENTE

Muitas são as definições de acidente, e variam segundo o enfoque: legal, prevencionista, ocupacional, estatístico, previdenciário etc. Uma definição abrangente e genérica apresenta o seguinte enunciado:

ACIDENTE é um evento indesejável e inesperado que produz desconforto, ferimentos, danos, perdas humanas e ou materiais.
Um acidente pode mudar totalmente a rotina e a vida de uma pessoa, modificar sua razão de viver ou colocar em risco seus negócios e propriedades.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o acidente não é obra do acaso e nem da falta de sorte.
Denomina-se SEGURANÇA, a disciplina que congrega estudos e pesquisas visando eliminar os fatores perigosos que conduzem ao acidente ou reduzir seus efeitos . Seu campo de atuação vai desde uma simples residência até complexos conglomerados industriais.
Sob o ponto de vista dos especialistas em Segurança, os acidentes são "causados" por fatores conhecidos, previsíveis e controláveis.
Fatores determinantes do acidente
Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas elas podem ser agrupadas em duas categorias .

Condição Insegura

Ato Inseguro As pessoas reconhecem com maior facilidade as "condições inseguras", que os "atos inseguros".
Um indivíduo ao abalroar o veiculo que vai a sua frente, facilmente atribuirá a causa do acidente a : defeito nos freios; parada brusca do veiculo dianteiro; pista molhada etc. Este mesmo indivíduo terá muita dificuldade em admitir que a causa foi um "ato inseguro" decorrente de não ter mantido a mínima distancia necessária, em relação ao veiculo da frente, para uma parada de emergência.
Estatisticamente sabe-se que os "atos inseguros" são responsáveis por mais de 90% dos acidentes das mais diversas naturezas.
Uma "condição insegura " normalmente é o resultado do "ato inseguro" de alguém ao longo do desencadeamento do acidente.
A implosão parcial de um shopping center, devido ao vazamento de GLP, é o resultado de uma "condição insegura" criada pelo "ato inseguro" daqueles que não deram tratamento técnico adequado ao projeto e ao local.
O ato inseguro normalmente decorre de situações tais como:
excesso de confiança .
agir sem ter conhecimento especifico do que está fazendo .
não valorizar medidas ou dispositivos de prevenção de acidentes .
exceder limites de : maquinas, veículos ou do corpo humano .
uso de veículos para fins de demonstração e não transporte .

Imprudência e negligencia .

improvisações. No Brasil os acidentes nas rodovias, são causadores de milhares de mortos e feridos vindo a seguir acidentes na construção civil e na industria.
Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de segurança de caráter individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela a maioria de seus cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente inexistentes ou ignoradas. Em alguns destes países a legislação apresenta alguns absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco (periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e empregadores concentrem suas atenções no "custo" da exposição e não na eliminação da mesma.

quarta-feira, maio 24, 2006

PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA QUE JÁ SALVARAM VIDAS

PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA QUE JÁ SALVARAM VIDAS

Reconheça suas limitações:
Não tente realizar um trabalho para o qual você não está qualificado. A falta de conhecimentos e o "jeitinho" podem trazer conseqüências lamentáveis. Seu corpo também tem limitações, ele só pode alcançar até determinada altura e levantar determinado peso.

Leia os manuais antes de operar algo:
Entenda a intenção do fabricante de determinado dispositivo e para que e dentro de que limites foi projetado para atuar. Os manuais não foram feitos para serem usados só em caso de dúvidas e sim permitir a correta utilização de determinado dispositivo.

Use ferramentas apropriadas:
Cada ferramenta tem limitações e um propósito específico de utilização. As ferramentas e maquinas têm uma maneira inesperada e violenta de protestarem quando ao seu uso inadequado.
Use o método apropriado:

NÃO UTILIZE IMPROVISAÇÕES ou de nenhum método para realizar determinada tarefa, trabalho ou atividade.

Siga regulamentos, sinalizações e instruções:
Pois foram idealizados para protege-lo. Um sinal de "pare", pode indicar que naquele local muitas pessoas já se acidentaram.
Use bom senso e moderação:

Existe uma grande diferença entre eficácia e pressa. Um ritmo consistente e progressivo permitirá atingir os objetivos a médio e longo prazo.

Haja e pense como "humano", não permita que o instinto "bestial" prevaleça:
Seu novo carro não lhe dá o direito de desrespeitar as leis, sinalizações e o direito das outras pessoas. Seu problema sexual, salarial, ou conjugal nada tem a ver com a velocidade de seu veículo.

Valorize sua vida e a dos outros:
Provavelmente você encontrará boas razões para continuar vivo. Diminuir a velocidade de seu carro e aumentar o tempo de viagem em 10 minutos lhe permitirá ouvir mais duas músicas.

terça-feira, maio 23, 2006

OS 10 MANDAMENTOS DOS SOCORRISTAS

OS 10 MANDAMENTOS DOS SOCORRISTAS


1 - Mantenha a calma.

2 - Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro:· PRIMEIRO EU (o socorrista)· DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.

3 - Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 193 (número do corpo de bombeiros da cidade de São Paulo).

4 - Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.

5 - Mantenha sempre o bom senso.

6 - Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7 - Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis.

8 - Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)

9 - Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito.

10 - Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).

segunda-feira, maio 22, 2006

RISCOS FISÍCOS N° 06

UMIDADE

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).

sexta-feira, maio 19, 2006

RISCOS FISÍCOS N° 05

PRESSÕES ANORMAIS

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.

quarta-feira, maio 17, 2006

RICOS FISÍCOS N° 03

RADIAÇÕES

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em dois grupos:
Radiações ionizantes - Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.
Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:
- Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
- Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
- Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).
- Medida médica: exames periódicos.

terça-feira, maio 16, 2006

RISCOS FISÍCOS N° 04

TEMPERATURAS EXTREMAS

Calor Quente

Altas temperaturas podem provocar:

- desidratação;
- erupção da pele;
- câimbras;
- fadiga física;
- distúrbios psiconeuróticos;
- problemas cardiocirculatórios;
- insolação.

Calor Frio

Baixas temperaturas podem provocar:

- feridas;
- rachaduras e necrose na pele;
- enregelamento: ficar congelado;
- agravamento de doenças reumáticas;
- predisposição para acidentes;
- predisposição para doenças das vias respiratórias.
- Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se tome medidas:
- de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
- de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO

Uma das funções mais importantes da OIT é o estabelecimento e adoção de normas internacionais de trabalho sob a forma de convenções ou recomendações. Estes instrumentos são adotados pela Conferência Internacional do Trabalho com a participacao de representantes dos trabalhadores, empregadores e dos governos.
As Convenções da OIT são tratados internacionais que, uma vez ratificados pelos Estados Membros, passam a integrar a legislação nacional. A aplicação das normas pelos países e é examinada por uma Comissão de Peritos na Aplicação de Convenções e Recomendações da OIT que recebe e avalia queixas, dando-lhes seguimento e produzindo relatórios de memórias para discussão, publicação e difusão.
Em 1998 foi adotada a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento. É uma reafirmação universal do compromisso dos Estados Membros e da comunidade internacional em geral de respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no trabalho, que são reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores.
Esses princípios e direitos fundamentais estão recolhidos em oito Convenções que cobrem quatro áreas básicas: liberdade sindical e direito à negociação coletiva, erradicação do trabalho infantil, eliminação do trabalho forçado e não discriminação no emprego ou ocupação.
As principais informações sobre as normas (incluindo textos, ratificações totais e por país) podem ser acessadas em inglês, francês e espanhol no site da OIT: ILOLEX
Convenções - textos em português
-->
Convenções - ratificadas
pelo Brasil-->

SEGURANAÇA DO TRABALHO

ACIDENTE

Muitas são as definições de acidente, e variam segundo o enfoque: legal, prevencionista, ocupacional, estatístico, previdenciário etc. Uma definição abrangente e genérica apresenta o seguinte enunciado:

ACIDENTE é um evento indesejável e inesperado que produz desconforto, ferimentos, danos, perdas humanas e ou materiais.
Um acidente pode mudar totalmente a rotina e a vida de uma pessoa, modificar sua razão de viver ou colocar em risco seus negócios e propriedades.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o acidente não é obra do acaso e nem da falta de sorte.
Denomina-se SEGURANÇA, a disciplina que congrega estudos e pesquisas visando eliminar os fatores perigosos que conduzem ao acidente ou reduzir seus efeitos . Seu campo de atuação vai desde uma simples residência até complexos conglomerados industriais.
Sob o ponto de vista dos especialistas em Segurança, os acidentes são "causados" por fatores conhecidos, previsíveis e controláveis.
Fatores determinantes do acidente
Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas elas podem ser agrupadas em duas categorias .

Condição Insegura

Ato Inseguro As pessoas reconhecem com maior facilidade as "condições inseguras", que os "atos inseguros".
Um indivíduo ao abalroar o veiculo que vai a sua frente, facilmente atribuirá a causa do acidente a : defeito nos freios; parada brusca do veiculo dianteiro; pista molhada etc. Este mesmo indivíduo terá muita dificuldade em admitir que a causa foi um "ato inseguro" decorrente de não ter mantido a mínima distancia necessária, em relação ao veiculo da frente, para uma parada de emergência.
Estatisticamente sabe-se que os "atos inseguros" são responsáveis por mais de 90% dos acidentes das mais diversas naturezas.
Uma "condição insegura " normalmente é o resultado do "ato inseguro" de alguém ao longo do desencadeamento do acidente.
A implosão parcial de um shopping center, devido ao vazamento de GLP, é o resultado de uma "condição insegura" criada pelo "ato inseguro" daqueles que não deram tratamento técnico adequado ao projeto e ao local.
O ato inseguro normalmente decorre de situações tais como:
excesso de confiança .
agir sem ter conhecimento especifico do que está fazendo .
não valorizar medidas ou dispositivos de prevenção de acidentes .
exceder limites de : maquinas, veículos ou do corpo humano .
uso de veículos para fins de demonstração e não transporte .

Imprudência e negligencia .

improvisações. No Brasil os acidentes nas rodovias, são causadores de milhares de mortos e feridos vindo a seguir acidentes na construção civil e na industria.
Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de segurança de caráter individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela a maioria de seus cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente inexistentes ou ignoradas. Em alguns destes países a legislação apresenta alguns absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco (periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e empregadores concentrem suas atenções no "custo" da exposição e não na eliminação da mesma.

segunda-feira, maio 15, 2006

RISCOS FISÍCOS N°2

VIBRAÇÕES

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador.
As vibrações podem ser:
Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).

sexta-feira, maio 12, 2006

AERODISPERSÓIDES 2

Nos aerodispersóides cuja dispersa é líquida, as partículas são esféricas, e, quando colidem, podem se fundir, produzindo uma única partícula esférica. Para diferenciar os diversos aerodispersóides, são utilizados os seguintes termos:

Poeiras: aerodispersóides formados por dispersão e constituídos por partículas sólidas, geralmente com diâmetros maiores que 1 micron Ex.: poeiras de sílica, asbesto (amianto), algodão.

Névoa: aerodispersóides constituídos por partículas líquidas independentemente da origem e do tamanho das partículas. Ex.: névoa de ácido sulfúrico, tinta.

Fumos: aerodispersóides formados por condensação, sublimação ou reação química, e constituídos por partículas sólidas, geralmente com diâmetros menores que 1 micro. Ex.: fumos metálicos.

Fumaças: aerodispersoídes resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, são constituídas, geralmente, por partículas com diâmetros inferiores a 1 micron.

quinta-feira, maio 11, 2006

AERODISPERSOÍDES 1

A NR 15 trata de uma categoria de agente químicos de suma importância, dentro do aspecto da higiene ocupacional, que são os aerodispersoídes. Estes contaminantes são sistemas diversos, cujo meio de dispersão é gasoso e cuja fase dispersa consiste de partículas sólidas ou líquidas. A classificação mais aceita é aquela que diferencia aqueles formados por dispersão e por condensação, distinguindo os sistemas, de acordo com a fase dispersa, sólida ou líquida.

Os aerodispersoídes formados por dispersão, ou seja, como resultado da desintegração mecânica da matéria (pulverização ou atomatização de sólidos ou líquidos ou transferência de pó para o estado de suspensão, através da ação de correntes de ar ou vibração), são, na maioria dos casos, constituídos por partículas mais grosseiras do que aquelas que constituem os formados por condensação; além disto, contêm partículas com uma maior variação de tamanho.
Os aerodispersóides de condensação são formados pela condensação de vapores superfaturados ou pela reação entre gases, que leva a um produto não volátil. Nestes aerodispersóides, as partículas sólidas são freqüentemente, agregados frouxos, provenientes da coagulação de uma grande número de partículas primárias de forma esférica ou cristalina regular. Por outro lado, nos aerodispersóides por dispersão, a fase sólida consiste de partículas individuais ou agregados de formas complementares irregulares (fragmentos)

quarta-feira, maio 10, 2006

RISCOS FÍSICOS N° 01

RISCOS FÍSICOS

São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:
- ruídos;
- temperaturas excessivas;
- vibrações;
- pressões anormais;
- radiações;
- umidade.

Ruídos

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:
- fadiga nervosa;
- alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
- hipertensão;
- modificação do ritmo cardíaco;
- modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
- modificação do ritmo respiratório;
perturbações gastrointestinais;
- diminuição da visão noturna;
- dificuldade na percepção de cores.
Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição.
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:
- Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.
- Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular).
O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.
- Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.
- Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
- Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.

segunda-feira, maio 08, 2006

CLASSSIFICAÇÃO DE GASES E VAPORES 2

Os gases e vapores anestésicos podem ser classificados em:

Anestésico primário: são aquelas substâncias que não produzem outro efeito além da anestesia, mesmo que o trabalhador seja submetido a exposições repetidas, em baixas concentrações (ex.: aldeídos, cetonas, ésteres e os hidrocarbonetos alifáticos – butano, propano, eteno e outros).

Anestésico de efeitos sobre as vísceras: são aquelas substâncias que podem acarretar danos ao fígado e aos rins dos trabalhadores expostos (hidrocarbonetos clorados – tricloroetileno, tetracloreto de carbono e percloroetileno).

Anestésico de ação sobre o sistema formador do sangue: são substâncias que se acumulam, preferencialmente, nos tecidos graxos, medula óssea e sistema nervoso (ex.: benzeno, tolueno e xileno). Vale ressaltar que o benzeno é a substância com maior ação nociva; sua exposição prolongada, mesmo a baixas concentrações, pode ocasionar anemia, leucemia e câncer.

Anestésico de ação sobre o sistema nervoso: são substâncias que, devido à sua alta solubilidade em água, apresentam eliminação lenta pelo organismo; daí, a sua manifestação mais acentuada no sistema nervoso (ex.: álcool etílico e metílico).

Anestésico de ação sobre o sangue e o sistema circulatório: são substâncias, em especial aquelas pertencentes ao grupo dos nitrocompostos de carbono, que, em decorrência de sua utilização industrial, podem ocasionar alteração na hemoglobina do sangue (ex.: nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno e anilina).

sexta-feira, maio 05, 2006

CLASSIFICAÇÃO DOS VAPORES E GASES 1

Fisiologicamente, do ponto de vista de sua ação sobre o organismo, os gases e vapores podem ser classificados em: irritantes, anestésicos e asfixiantes. Embora se saiba que um mesmo agente químico pode ser, simultaneamente, irritante, anestésico e asfixiante, o seu enquadramento em apenas um desses grupos considera o maior efeito nocivo. A seguir, são apresentadas as seguintes definições:


Gases e Vapores Irritantes: São substâncias que produzem inflamação nos tecidos vivos, quando entram em contato direto, podendo ser subdivididas em primárias e secundárias.

Irritantes primários – são aquelas substâncias que concentram sua ação irritante ao organismo.
- ação sobre as vias respiratórias superiores de substâncias de alta solubilidade em água, localizando sua ação sobre as vias respiratórias superiores (ex.ácido sulfúrico,amônia e soda cáustica);
- ação sobre os brônquios de substâncias com moderada solubilidade em água que, quando inaladas, penetram mais profundamente no sistema respiratório concentrando seu ataque nos brônquios (ex.: anidrido sulfuroso e cloro);
- ação sobre os pulmões – substâncias que apresentam baixa solubilidade em água, alcançando os alvéolos pulmonares (ex.: ozônio, óxidos nitrosos e fosgênio).

Irritantes atípicos – são substâncias que, apesar da baixa solubilidade ocasionam ação irritante também nas vias respiratórias, (ex.: acroleína e gases lacrimogênios).
Irritantes secundários – são aquelas substâncias que, apesar de possuírem efeito irritante, têm uma ação tóxica generalizada sobre o organismo (ex.: gás sulfrídico).

Irritantes secundários – são aquelas substâncias que, apesar de possuírem efeito irritante, têm uma ação tóxica generalizada sobre o organismo (ex.: gás sulfrídico).

Gases e Vapores Anestésicos: São aquelas substâncias que, devido à sua ação sobre o istema nervoso central, apresentam efeitos anestésicos; algumas destas substâncias, transferidas dos pulmões para a corrente sanguínea e, a partir daí, para os outros órgãos internos, podem penetrar através da pele.