domingo, setembro 30, 2007

Protetores oculares e faciais evitam danos que podem ser irreversíveis

Indústrias metalúrgicas, têxtil, cerâmica, química, de produtos alimentícios, construção civil, marcenaria, mecânica, transporte, pesca, artes gráficas e mineração. São inúmeros os exemplos de áreas nas quais há o risco de profissionais serem atingidos por traumas oculares e faciais. “Porém dependendo da análise de risco feita por um profissional da área de segurança ocupacional, outros setores também poderão usar proteção aos olhos e face. A escolha entre um protetor facial ou óculos de proteção depende também da análise de risco, ou seja, se a pessoa precisa proteger a face toda, ou precisa proteger somente os olhos”, avalia a engenheira de serviços técnicos da 3M, Marina Tonoli. Por isso é importante que seja feita uma análise do ambiente de trabalho e dos riscos a que os trabalhadores estão expostos. “Por exemplo, em operações com arco elétrico devido ao calor gerado ser muito intenso é necessário o uso de um protetor facial, pois neste caso não é aceitável a proteção somente dos olhos. Agora, em casos onde existe muita poeira no ambiente e o risco de haver corpos estranhos nos olhos, não há a necessidade de usar um protetor facial, mas óculos de segurança bem vedados”, completa Tonoli.
Pode-se definir que os óculos de segurança são indicados para proteção dos olhos contra impactos de partículas e radiações. “Sendo assim, os setores que mais os utilizam são aqueles em que tais agentes agressivos estão presentes nos processos produtivos e possuem mais trabalhadores. Os setores em que esses agentes agressivos estão mais presentes são: siderurgia ( grande probabilidade de projeção de partículas e presença de fontes de radiação infravermelha, representadas por fontes de calor, radiação visível em alta intensidade); metalurgia (projeção de partículas e presença de fontes de radiação infravermelha, radiação visível em alta intensidade e radiação ultravioleta, presente em atividades de soldagem); setor de transformação (presença de partículas volantes e de radiações); setor da construção civil (partículas volantes)”, explica o Chefe da Divisão de Equipamentos de Segurança da Fundacentro, José Damásio de Aquino.
Já os protetores faciais são indicados para proteção da face e de partes desta contra impactos de partículas e radiações. “Eles são considerados protetores secundários e sempre devem ser utilizados em conjunto com óculos de segurança se houver o risco de impactos de partículas ou radiações aos olhos do usuário”, completa Damásio. No setor químico, por exemplo, ele protege não só contra impactos de partículas como contra respingos de produtos químicos. Já no setor hospitalar, em laboratório de análises clínicas, traz proteção contra respingos de material químico ou biológico.

Reportagem de Cristiane Reimberg