quinta-feira, junho 21, 2018


Auditores encontram irregularidades na Whirlpool
Data: 13/06/2018 / Fonte: Ministério do Trabalho

Rio Claro/SP - Uma equipe de auditores-fiscais do Trabalho de São Paulo deflagrou operação em unidade de Rio Claro da empresa Whirlpool S.A., produtora de fogões e lavadoras de roupas. A ação alcançou 3.234 empregados diretos, além de 453 trabalhadores contratados como temporários e 529 trabalhadores terceirizados.

A ação foi planejada com o objetivo de fiscalizar questões relacionadas à saúde e segurança do trabalhador, com foco principal na ergonomia e saúde ocupacional. Isso porque a fiscalização recebeu informações preliminares relacionadas ao grande número de afastamentos por problemas osteomusculares.

Durante a operação, os fiscais constataram grande número de tarefas manuais realizadas pelos funcionários, com movimento repetitivo, envolvendo ritmo de trabalho, uso de força, posturas prejudiciais, equipamentos inadequados, deficiências na concessão de rodízio e pausas, além de movimentação manual de volumes e peso consideráveis. Todas essas condições contrariam as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

Também foram verificadas situações que não estão em conformidade com a gestão da saúde ocupacional dos trabalhadores. As irregularidades encontradas conflitam com disposições previstas nas NR-17 e NR-7, demonstrando deficiências no gerenciamento das questões relacionadas à prevenção de agravos à saúde dos trabalhadores.

Essas situações geram afastamentos, lesões e doenças ocupacionais. Paralelo a esse cenário, foi detectado que a empresa omitiu um grande número de acidentes de trabalho por deixar de emitir as Comunicações de Acidente do Trabalho (CATs).

Durante a fiscalização, também foram encontradas irregularidades relacionadas a outras normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho e atributos relacionados à jornada, descanso e embaraço à fiscalização do trabalho.

Ao todo, foram aplicados 44 autos de infração em função das irregularidades encontradas. Entre elas, estão a falta de apresentação de documentos e esclarecimentos à fiscalização, jornada sem descanso, descumprimento da NR 4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), da NR-6 (Equipamento de Proteção Individual - EPI), da NR 7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO), da NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA), da NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade), da NR-13 (Vasos de Pressão e Tubulação), da NR 16 (Atividades e Operações Perigosas), da NR-17 (Ergonomia), da NR 33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados) e da NR-35 (Trabalho em Altura).

Essa fiscalização retrata a necessidade de uma atuação diferenciada dos auditores-fiscais do trabalho no setor. Por isso, a Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo (SRT-SP) lançou o Projeto Ergonomia, com o objetivo de intensificar as fiscalizações relacionadas à ergonomia.

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