segunda-feira, março 31, 2008

Acima do limite

Processo de desengraxe em indústrias galvânicas expõe trabalhadores a riscos de contaminaçãoQuatro empresas entre as estudadas pelo Serviço Social da Indústria de São Paulo para a elaboração do Manual de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) para Indústrias Galvânicas, utilizam percloroetileno a quente no desengraxe das peças para posterior cromeação. Com o objetivo de avaliar a exposição dos trabalhadores ao agente, foram coletadas quatro amostras de ar junto às zonas respiratórias de trabalhadores, as quais foram analisadas por cromatografia gasosa. Os resultados foram comparados com os parâmetros estabelecidos pela NR-15 (LT - 78 ppm) e ACGIH (TLV/TWA - 25 ppm). As amostras da urina de nove trabalhadores foram dosadas para ácido tricloroacético, metabólito de percloroetileno, por espectrofotometria na região visível. Os resultados das concentrações de percloroetileno variaram de 11 a 123 ppm e as dosagens de ácido tricloroacético variaram de 0,5 a 7,0 mg L-1. Em apenas uma indústria avaliada, foi observada exposição dos trabalhadores em níveis aceitáveis, o que pode ter ocorrido pelo melhor sistema de proteção ou devido a menor utilização de percloroetileno no período da avaliação.A conclusão é que, em geral, o processo de desengraxe expõe os trabalhadores a percloroetileno acima dos níveis admissíveis. Isso leva à recomendações de providências de controle, como a eliminação da fonte de contaminação e melhoria dos esquemas de segurança através de medidas administrativas ou por Equipamentos de Proteção Coletiva e/ou Individual, recomendações que constam no referido Manual.

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